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CAMINHOS DAS ÁGUAS
Formação em Elaboração de Projetos Culturais, Arte e Educomunicação chega a Tocantinópolis (TO)
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Chegou a vez do projeto Caminhos das Águas - fortalecendo fazeres e saberes artísticos e culturais se banhar nas águas do Rio Tocantins, em Tocantinópolis (TO). O curso de formação está com inscrições abertas entre os dias de 25 de junho a 03 de julho, via formulário eletrônico.
A atividade é uma ação do governo federal, Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli), e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com parcerias da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais de Tocantins (Sepot). O curso é gratuito, acontece entre os dias 08 e 12 de julho, de forma presencial, das 8h às 15h30. Pela primeira vez a formação acontecerá inteira em Território Indígena, na Escola Mãtyk, Aldeia São José, do povo Apinajé, em Tocantinópolis (TO).
Para participar, é necessário ser maior de 16 anos, ser articulador(a) e/ou fazedor(a) artístico-cultural, artista, arte-educador(a) ou educomunicador(a), com prioridade para pessoas ribeirinhas, indígenas e quilombolas. A confirmação de inscrição será informada no dia 04 de julho, por meio do e-mail usado na inscrição. Não há limite de idade para participação.
Em Tocantinópolis o curso abordará os conteúdos Arte, Educação e Educomunicação para quê?; Arte como expressão de identidades, diversidade e acessibilidade; Ação ou intervenção a partir das artes: a experiência de artistas/educadores; Laboratório de Contação de histórias – movimentando realidades; e cultura alimentar – cultivando memórias através dos alimentos. E Laboratório de Elaboração de Projetos Culturais, presente em todas as localidades em que o Caminhos das Águas se desenvolve, com 40h de formação.
Pelos rios: cultura, diálogos e formação
O projeto Caminhos das Águas, parceria do Ministério da Cultura com a Universidade Federal de Mato Grosso, está inserido no Programa Olhos D'Água. Ele reforça a valorização de saberes artísticos e culturais de cada região do Brasil, em sua diversidade e riqueza, fortalecendo também a percepção social e diálogo, fundamentais nesta abordagem da relação entre Arte e Educomunicação.
Para o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli), Fabiano Piúba, o projeto Caminhos das Águas compõe a política de formação artística e cultural do MinC, no âmbito do programa Olhos D’Água. "A força deste projeto é sua conexão com territórios que denominamos de caminhos das águas, seguindo rotas de rios e afluentes nas cinco regiões do país, compreendendo a relação orgânica entre cultura e natureza como vital para a formação de repertórios, a realização de ações de arte e cultura e a elaboração de estratégias de comunicação com artistas, agentes culturais, educadores, professores, comunicadores e agentes sociais. Tais pessoas poderão fazer a diferença em suas comunidades e ambientes de atuação, dando sentido aos seus processos educativos e culturais como dimensões importantes para o desenvolvimento sustentável de seus próprios territórios", afirma o secretário.
“O projeto Caminhos das Águas já passou por duas localidades, Santarém (PA) e Tabatinga (AM), trabalhando com articuladores da cultura local, como quilombolas, indígenas Borari, Ticuna e Kokama, e artistas do Sairé de Alter do Chão e do FestSol de Tabatinga, entre outros. Além disso, contou com a presença de participantes de municípios vizinhos, como os representantes de Benjamin Constant e Atalaia do Norte, que estiveram presentes na formação em Tabatinga, fortalecendo as redes de fazedores de cultura locais. Logo após Tocantinópolis (TO), estaremos na Aldeia Limão Verde, em Aquidauana, no estado de Mato Grosso do Sul, com o povo Terena”, destaca Maurício Virgulino, coordenador educativo do projeto.
Também coordenadora educativa, Amanda Cuesta conta que o projeto Caminhos das Águas promove a democratização do acesso aos processos de produção e difusão de conhecimento em cultura e arte, com foco na formação em áreas artístico-culturais e na descentralização dos processos de formação no campo artístico-cultural no território nacional.
“O projeto realiza dez formações, em dez localidades brasileiras, buscando alcançar as populações de povos ribeirinhos, quilombolas, indígenas e periféricos, em encontros de uma semana de duração, com artistas, arte-educadores e educomunicadores capacitados para abordar temas artísticos culturais. Esses profissionais sensibilizam o público, ampliando repertórios e disseminando conteúdos na elaboração de projetos, com vistas à qualificação de profissionais na área para editais e premiações”, complementou.
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Para outras informações, entre em contato com trilhaformativa@gmail.com