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FORMAÇÃO
Cultura digital é tema de planejamento promovido pelo MinC até a próxima sexta (12)
Foto: Tarcísio Boquady/ MinC
A cultura digital desempenha um papel crucial na democracia brasileira, pois conecta narrativas, preserva a história e permite a autonomia na gestão estratégica do setor. Esse foi o objeto de debate da mesa: A "Cultura Digital, sua história e sua importância para a democracia brasileira", evento que abriu o planejamento do Laboratório da Cultura Digital (LabCD), iniciativa conjunta entre Ministério da Cultura (MinC) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), nesta quarta-feira (10), na Universidade de Brasília (UNB).
O planejamento é realizado entre os dias 10 e 12 de abril e a mesa de abertura teve a presença de Márcio Tavares, secretário-Executivo do MinC; Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural; e Roberta Martins, secretária dos Comitês de Cultura do MinC.
Durante esses três dias, o LabCD da UFPR e o MinC vão elaborar ações no campo da cultura digital, voltadas às execuções de políticas públicas do Ministério.
Segundo Márcio Tavares, secretário-Executivo do MinC, a cultura digital é um instrumento de soberania nacional e desenvolvimento democrático. Márcio também enfatizou a relevância da cultura na formação e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
“Nós estamos vendo o que está acontecendo no mundo e no Brasil. E, neste momento, o LabCD tem ainda mais sentido na trajetória de reconstrução política. Nós precisamos encontrar um caminho brasileiro a partir dos valores que estão inscritos da nossa Constituição, que garanta os direitos comuns para todos, inclusive os direitos culturais, para que o ambiente digital funcione como um instrumento, não só de mediação, mas de promoção deste conjunto de direitos para nossa sociedade”, declarou.
Marcia Rollemberg destacou a importância da cultura digital como parte essencial da identidade dos programas e políticas públicas.
“A cultura digital é um meio prevalente e essencial para que a gente possa ter articulação em escala, o compartilhamento do conhecimento, bem como maior horizontalidade de comunicação que impulsionam a rede de articulação cultural. Isso é a base para a democracia, dar oportunidade de participação social por meio da cultura digital".
Já para Roberta Martins, é fundamental estabelecer relações que olhem o conjunto da história brasileira. Ela enfatizou a necessidade de popularizar a cultura digital e promover o letramento digital, especialmente entre os mais jovens, para garantir uma política de base comunitária e próxima dos territórios.
“Precisamos olhar a perspectiva de popularização para que o acesso digital também se torne letramento histórico, educação popular contemporânea. A gente precisa reconstruir processos para uma memória política para as novas gerações, para que elas consigam guardar e entender a história”, concluiu.