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PESQUISA E REFLEXÃO
Confira a programação do Seminário Internacional de Políticas Públicas para as Artes
A Fundação Nacional de Artes (Funarte), o Ministério da Cultura (Minc) e o Sesc São Paulo realizam o Seminário Internacional de Políticas Públicas para as Artes: Imaginando Margens, um espaço para reflexão e pensamento sobre temas atuais do campo das artes e suas políticas públicas, com ênfase na construção da Política Nacional das Artes, a PNA. O seminário será realizado de 17 a 19 de setembro, no Sesc 14 Bis, em São Paulo.
Após a performance inédita “Uma carta para as artes brasileiras de ontem, hoje e amanhã” da atriz e cantora brasileira Zezé Motta, a abertura institucional contará com a presidenta da Funarte, Maria Marighella, o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, e o diretor do Sesc São Paulo, Luiz Galina, que irão saudar o público presente e as mais de 40 pessoas convidadas para compor a programação. São múltiplas vozes de diversos campos do conhecimento, participantes de todas as regiões do Brasil e vindos da Bolívia, Canadá, Colômbia, Moçambique, Peru e Portugal.
Como primeira ação do Programa Funarte de Pesquisa e Reflexão, o seminário inaugura uma retomada da vocação histórica da Fundação na promoção de ações que incentivam o exercício do pensamento e marca também uma etapa importante para o atual processo de elaboração da Política Nacional das Artes (PNA), uma das prioridades da Funarte e do MinC. O seminário se propõe, portanto, a colocar em movimento reflexões, valores e diretrizes que possam contribuir para a construção dessa política, envolvendo entes públicos, instituições artísticas e as comunidades, na proteção e ampliação do direito às artes
Inspirados pela cartografia hidrográfica, a programação do seminário foi organizada em momentos intitulados como Mina D’Água (abertura performativa), Trilha das Nascentes (diálogos sobre princípios que inspiram a PNA), Confluência de Abertura (encontros e reflexões), Ideias Afluentes (entrevista pública), Conversas na Beira (mesa de debate sobre temas que podem inspirar diretrizes para a PNA), Delta de Experiências (relatos de boas práticas e programas continuados) e Foz-Encontro (espaço festivo de convívio e intervenções artísticas).
Serviço
Seminário Internacional de Políticas para as Artes
Dias 17, 18 e 19 de setembro
São Paulo - SP
Sesc 14 Bis - R. Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista
Comedoria do Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca
Nave Coletiva - R. José Bento, 106 - Cambuci
Transmissão ao vivo
youtube.com/funarte
Programação
Dia 1 - 17 de setembro - Terça-feira
9h - Credenciamento
10h - Mina d’Água
Uma carta para as artes brasileiras de ontem, hoje e amanhã
Com Zezé Motta
A mina é o ponto onde se inicia um curso d’água que, assim como uma trajetória artística longeva, pode gerar múltiplos alcances, inspirar, estimular, ensinar e abrir caminhos. Percursos que também desenham técnicas e poéticas, e inauguram símbolos de momentos da realidade e da arte de um país. O que poderia dizer às nossas artes de ontem, hoje e amanhã uma artista brasileira com 80 anos de vida e mais de 55 anos de carreira?
11h - Abertura institucional
Com a presidenta da Funarte, Maria Marighella, o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, e o diretor do Sesc São Paulo, Luiz Galina.
12h - Intervalo
14h - Confluência de Abertura
Pertencer e lutar por este tempo
Com Glicéria Tupinambá, Denise Ferreira da Silva (Canadá) e Fafá de Belém
Mediação de Didi Couto
Quando penso no Brasil e numa política para as artes, o que desejo ou imagino? Essa pergunta, fincada no tempo presente, sem perder suas reverberações com os tempos idos e os tempos ainda por vir, dispara a conversa inaugural que reúne “três grandes rios” das artes brasileiras.
16h30 - Trilha das Nascentes
Liberdade Artística e Inventividade
Com Arissana Pataxó, Guilherme Varella e Renata Carvalho
Mediação de Marcio Braz
Os anos iniciais do século 21 no Brasil, marcados por aspectos como o avanço dos movimentos da extrema direita e das culturas digitais, o fenômeno das redes sociais, das fake news e da inteligência artificial, e casos de censura às artes, dão relevo a um debate inadiável sobre as liberdades no campo da arte e seu terreno privilegiado de inventividade. Como uma política para as artes pode contemplar a natureza movente, insurgente e em permanente transformação que marca o caráter inventivo e livre da prática artística?
18h - Trilha das Nascentes
Diversidade e Territorialidade
Com Estela Lapponi, Paulo Tavares e Rafa Rafuagi
Mediação de Preta Ferreira
A possibilidade de existir e ao mesmo tempo elaborar a existência que conflui nas práticas artísticas inspira ao exercício do comum e à experiência do coletivo. Corpos e narrativas são forças que habitam, transformam e são transformadas pelos territórios. Territórios também são as singularidades e subjetividades expressas pelas artes, que plasmam o existir de um grupo, uma comunidade. Que caminhos uma política para as artes pode percorrer frente à valorização do sentido de coletividade e das singularidades, como existir em relação com o que é humano e mais que humano na experiência.
Sesc Pompéia
20h30 - Foz-Encontro
Espaço para a interação e o convívio que estimula trocas, novas conexões e parcerias entre as pessoas que participarão do seminário.
Comedoria do Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca
Nesta primeira noite, nos reunimos na Comedoria do Sesc Pompeia, envolvidos por imagens e sons do Norte do país, trazendo um recorte entre o ancestral e o contemporâneo sob o olhar das artistas e diretoras artísticas amazônicas.
DIA 2 - 18 de setembro - Quarta-feira
9h - Credenciamento
10h - Conversa na Beira
Geografias e imaginários em trânsito
Com Christiane Jatahy, Moacir dos Anjos e Quito Tembe (Moçambique)
Mediação de Mariana Soares
As noções de viagem, trânsito, circulação, mobilidade, troca, nos acompanham desde os fluxos que resultaram na ocupação territorial do planeta que conhecemos hoje. Circuitos, intencionais ou não, que também expressam geopolíticas e seguem desenhando territórios, fronteiras e encontros. No caso específico das artes, o mapa dos deslocamentos também evidencia assimetrias de oportunidades e rotas hegemônicas. Que aspectos e elementos podem ser considerados numa política para as artes com o objetivo de fortalecer e consolidar uma rede de difusão nacional, além de orientar uma política de internacionalização para as artes brasileiras?
12h - Intervalo
14h - Conversa na Beira
Artistas como agentes da política pública
Com Uýra Sodoma, Victor Drummond e Fernando García (Bolívia)
Mediação de Cíntia Guedes
Os processos de criação artística participam profundamente das dinâmicas dos territórios em que se inscrevem e o trabalho dos agentes artísticos é o meio pelo qual o direito às artes se materializa na vida social. Como contemplar especificidades dos processos criativos, modos de organização, trabalho e direitos numa política para as artes? Como potencializar as relações entre coletivos, espaços e eventos artísticos com os territórios e o público?
16h30
Ideias Afluentes
Entrevista Pública com Áurea Carolina, Dríade Aguiar e Léo Suricate mediação de Didi Couto Os afluentes pressupõem a ideia de encontro, de troca, de mistura de águas que se somam e irrigam as paisagens que são o futuro daquele ponto do rio. Em meio a reflexões sobre a Política Nacional das Artes, a entrevista pública é um espaço que tece conexões pautadas pela vivência artística nos territórios brasileiros de periferia e seus desdobramentos junto à juventude e às estratégias de comunicação social. 20H30 Foz-Encontro na Nave Coletiva Terminando o dia, que deságua na noite como o rio deságua na foz, nosso espaço de convivência, interação, diálogo e articulação ocupa a Nave.
20h30
Foz-Encontro
na Nave Coletiva
Terminando o dia, que deságua na noite como o rio deságua na foz, nosso espaço de convivência, interação, diálogo e articulação ocupa a Nave.
DIA 3 - 19 de setembro - Quinta-feira
9h - Credenciamento
10h - Conversa na Beira
Memória das artes como legado coletivo
Com Anelis Assumpção, Ionara Silva e Karen Bernedo (Peru)
Mediação de Daniele Ávila Small
Os debates contemporâneos sobre direito à memória vivem revisões profundas, escancarando apagamentos, colocando em disputa as próprias noções de acervo e patrimônio, e tensionando o convívio dos recursos da oralidade, da digitalidade e da inteligência artificial num atravessamento de tempos. Cada acervo de artista extrapola o âmbito privado e carrega as ressonâncias de um tempo para a arte e o país, constituindo uma coleção de vestígios e suportes de interesse público e ressaltando o valor coletivo de sua proteção. Que aspectos podem ser considerados estruturantes para uma política que reconheça, proteja e promova a memória das artes?
12h - Intervalo
14h - Conversa na Beira
Autonomia e aprendizagem nos ambientes artísticos
Com Naine Terena, Rafael Bicudo e Olga Sorzano (Colômbia)
Mediação de Maria Carolina Vasconcelos
A possibilidade de relação com os saberes e fazeres artísticos se realiza em espaços e modalidades diversas, bem como nas suas vertentes formal e informal. Se por um lado essa multiplicidade de ambientes revela a demanda social por formação, por outro, ela também desenha assimetrias e apagamentos. Como corrigir ausências e reconhecer saberes e fazeres invisibilizados ao pensar uma política para as artes? De que modo a produção de pensamento crítico sobre a arte participa das trajetórias formativas?
16h30 e 18h
Delta de Experiências
Programas que inspiram políticas
Um delta é o resultado do percurso de vários rios, a manutenção desse equilíbrio que o mantém vivo: uma rede de cursos d’água que insistem em desaguar juntos no mar. Nesta oportunidade, conheceremos programas continuados, marcos legais e práticas de gestão que podem inspirar as políticas para as artes e, sobretudo, possíveis direções para que essas políticas se inscrevam na vida das pessoas e seus territórios.
Bloco I
Com Georgia Nicolau, Helena Barbosa, Rita Aquino e Paulo Pires do Vale (Portugal). Mediação de Lena Cunha
Bloco II
Com Beth Ponte, Clarice Calixto, Galiana Brasil e SESC.
Mediação de Lena Cunha
20h30 - Foz-Encontro
na Nave Coletiva
Terminando o dia, que deságua na noite como o rio deságua na foz, nosso espaço de convivência, interação, diálogo e articulação ocupa a Nave.