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ENCONTROS SETORIAIS
CNIC itinerante promove diálogos com agentes culturais
Fotos: Victor Vec/ MinC
Para proporcionar o contato direto dos agentes culturais com os comissários da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), bem como ouvir as demandas das diferentes regiões do país, a reunião itinerante da CNIC promoveu encontros setoriais nesta terça-feira (17) em Natal, no Rio Grande do Norte.
Representantes do Ministério da Cultura (MinC) e de entidades vinculadas também participaram das conversas no Palácio da Cultura – Pinacoteca Potiguar e no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
No encontro do setor audiovisual foi destacada a importância do evento para a obtenção de informações a respeito de cada região, proponentes, agentes culturais e patrocinadores. O comissário Rafael Peixoto, do estado do Rio de Janeiro, falou da necessidade da descentralização dos recursos para a área e ressaltou que “o Nordeste tem uma força de produção grande”.
As questões da acessibilidade e das ações afirmativas foram outros temas abordados. Patrizia Veloso, do MinC, lembrou das ações da Secretaria do Audiovisual (SAV). “Aos poucos estamos percebendo quais são os públicos mais frágeis, que têm dificuldade de acesso, e ver ações feitas para eles demonstra esse olhar cuidadoso e inclusivo. A SAV, por exemplo, realizou editais para mulheres, afirmativos e da Revista Filme Cultura, que vai abordar o cinema LGBTQIA+ em sua nova edição”, apontou.
Na reunião com agentes culturais da música foi levantada a questão que alguns patrocinadores desconhecem a Lei Rouanet. “Quem precisa saber sobre a Lei são os proponentes. É necessário que ele esteja preparado para fazer esse diálogo com o empresário”, argumentou o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic), Henilton Menezes.
Participante do encontro do setor de Humanidades, a comissária da CNIC, Cláudia Werneck, também do Rio de Janeiro, contou que utiliza a Rouanet desde 1996. No entanto, concordou com os participantes que a Lei, assim como alguns chamamentos são difíceis. “Os editais precisam ter duas versões: uma acessível e a outra complexa”, afirmou.
A descentralização do investimento em produções culturais, por meio da Lei Rouanet, foi abordada na reunião do setor de artes cênicas e artes visuais. O diretor de Fomento Indireto, Odecir Prata, deu como exemplo o edital Rouanet Norte, que tem investimento de R$ 24 milhões na região. “O Ministério tem buscado essa aproximação”, afirmou.
Os encontros setoriais também contemplaram a área de Patrimônio Cultural, no qual foram discutidas questões como educação patrimonial, que muitos municípios ainda dispõem de poucas informações a respeito.