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Cais do Valongo é reaberto ao público
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o Cais do Valongo, foi reaberto ao público nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro.
Na ocasião, o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao Ministério da Cultura, Leandro Grass, informou que outra etapa de obras no local será entregue em 2024. "A ideia é fazer um grande Centro Cultural, então, ele vai ter uma multidisciplinaridade, uma perspectiva diversa de ocupação. Enfim, essa concepção ainda vai ser melhor discutida, mas a ideia é que não seja só um museu, vai ter uma perspectiva de multiuso", afirmou.
Foto: Samuel Barcelos/Prefeitura do Rio
A restauração e a musealização da área é fruto de um projeto com valor total de R$ 2 milhões, que inclui readequação física e sinalização, iluminação, além de substituição do guarda-corpo. O recurso foi patrocinada pela State Grid Brazil Holding, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A memória é uma forma de educar para o futuro', defendeu o presidente do Banco, Aloizio Mercadante, durante a cerimônia no Rio.
Patrimônio Nacional e Mundial
O Cais do Valongo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2013 e reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 2017. O local histórico, hoje celebrado, recebeu mais de um milhão de africanos escravizados ao longo de décadas.
"Esse lugar tem um enorme valor em termos de história de memória não só nacional, mas principalmente internacional. A África é uma prioridade global da Unesco e esse lugar marca uma relação importante entre a África e o Brasil. É uma memória que não pode ser perdida e precisa ser valorizada", afirmou a coordenadora de Cultura da Unesco no Brasil, Isabel de Paula.
Entre as autoridades presentes no ato estavam o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário de cultura