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Ancestralidade, música e fé marcam festejos do Dia de Iemanjá
- Foto: Manu Dias/Governo da Bahia
Anualmente, no dia 2 de fevereiro, praias em todo o país se tornam palco das celebrações do Dia de Iemanjá. Nesta sexta-feira (2), em Salvador (BA), o secretário-Executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares, acompanhou a tradicional festividade no bairro Rio Vermelho.
“É uma festa em que a fé encontra a música, a dança, a celebração e a união do coletivo. Sobretudo, é onde as nossas raízes ancestrais se manifestam e se projetam para o futuro, em que a diversidade cultural é valorizada e a nossa diversidade religiosa serve como parâmetro para nossa convivência democrática", afirmou.
O representante do MinC participou de uma série de homenagens e cortejos, como a entrega do Balaio de Iemanjá, uma cesta com presentes em agradecimento à Rainha do Mar, como é conhecida a divindade feminina cultuada nas religiões de matriz afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda.
Patrimônio da Bahia
Celebrada em todo o Brasil, a data se destaca na Bahia, epicentro das festividades dada as raízes culturais e históricas trazidas pelos povos africanos. O culto à Iemanjá tem raízes na cultura iorubá e foi traduzida para o Brasil no fim do século XVIII. Nas praias baianas, fiéis se reúnem para agradecer e pedir pela boa pescaria.
Em 2020, a Festa de Iemanjá teve o reconhecimento da prefeitura da Bahia, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), e tornou-se Patrimônio Cultural de Salvador.
No Rio Vermelho, o cortejo com embarcações e oferendas é realizado por pescadores de Salvador desde 1920. Ano passado, a festa completou 100 anos.
Conforme lembrou Márcio Tavares, o Ministério da Cultura desempenha um papel fundamental no apoio e investimento na preservação e promoção da cultura popular brasileira. Ele destacou o compromisso da pasta em “respeitar a diversidade como alicerce das políticas culturais.”
Sincretismo religioso
Na tradição católica, a data coincide com as festividades dedicadas a Nossa Senhora dos Navegantes - tradicional em Porto Alegre e em Santa Catarina, que em 2022 se tornou patrimônio imaterial do estado.