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ACORDO
Acordo histórico entre FBN e Biblioteca do Vaticano prevê projetos conjuntos entre as instituições
Foto: Vatican News
Uma das mais antigas bibliotecas da Europa, a Apostólica do Vaticano é a mais nova parceira do Brasil. Por meio de um acordo de cooperação técnica assinado na última segunda-feira (18) com a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), autarquia vinculada do Ministério da Cultura (MinC), as instituições farão trocas de experiências, ações e projetos conjuntos que têm o objetivo da preservação de acervos, desenvolvimento da educação, ciência e cultura.
Localizada na cidade do Vaticano, em Roma, a Biblioteca Apostólica do Vaticano possui um dos acervos mais preservados do mundo. Atualmente são 1,7 milhão de livros, 150 mil volumes de manuscritos, mais de 100 mil gravuras e desenhos, 300 mil moedas e medalhas e 20 mil objetos de valor artístico, além de outras raridades.
Por sua vez, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) também é uma referência. A instituição é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, e foi considerada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como uma das principais bibliotecas nacionais do mundo. Com mais de 200 anos de história, é a mais antiga instituição cultural brasileira.
A FBN possui um acervo de aproximadamente nove milhões de itens. Para garantir a manutenção desse conjunto de obras, possui laboratórios de restauração e conservação de papel, oficina de encadernação, centro de microfilmagem, fotografia e digitalização.
Segundo Marco Lucchesi, presidente da Biblioteca Nacional, o acordo constitui um divisor de águas. “Foi um momento luminoso para a Biblioteca Nacional. São dois ecossistemas abertos para o mundo, voltados para a difusão do conhecimento e da cultura da paz. Demos um passo histórico”, disse.
O acordo tem validade inicial de três anos e possibilidade de prorrogação. Estão previstas também no memorando organização conjunta de seminários, oficinas, cursos, projetos de pesquisa, exposições e eventos culturais e científicos, além da elaboração de projetos na área de tecnologia da informação, intercâmbio de acervo físico e digital, e missões profissionais para troca de informações sobre práticas científicas e técnicas inovadoras.
Marco Lucchesi assinou o documento na sede da instituição católica, juntamente com o arquivista e bibliotecário da Biblioteca do Vaticano, Angelo Vincenzo Zani. Na cerimônia estiveram presentes o embaixador do Brasil na Santa Sé, Everton Vieira Vargas, e o diplomata brasileiro Bruno Quadros e Quadros.