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BALANÇO
A bibliodiversidade circulou no espaço de lançamento de livros na 4ª CNC
Foto: Victor Vec/ MinC
Bibliodiversidade. Entre os dias 5 e 7 de março, mais de 80 escritoras e escritores lançaram obras e dialogaram com o público durante a realização da 4ª Conferência Nacional de Cultura (CNC), em Brasília. Entres os destaques, a Fundação Cultural Palmares (FCP) distribuiu mais de 6 mil livros do acervo da entidade com a temática da cultura afro-brasileira. As filas durante todos os dias e a disputa por autógrafos revelaram o interesse do público pela literatura.
Para João Jorge, presidente da FCP, foi a oportunidade de espalhar exemplares represados. "Textos de contos, palavras-cruzadas e revistas sobre as narrativas dos povos, tinha de tudo um pouco", destacou.
“Então, nós viemos aqui na Conferência, o nosso público da cultura, da diversidade brasileira. Distribuindo livros, com filas o dia todo e o público muito interessado para receber um material nosso, de qualidade. O livro é o melhor meio para o conhecimento afro-brasileiro circular, nossa história, nossa cultura. Um sucesso total, simbólico, uma ação da Sefli (Secretaria de Formação, Livro e Leitura), SCC (Secretaria dos Comitês de Cultura) e Palmares”, completou João Jorge.
Uma ação realizada em parceria com as secretarias dos Comitês de Cultura (SCC) e de Formação, Livro e Leitura (Sefli), o espaço de lançamento de livros trouxe a bibliodiversidade brasileira, afirma o secretário Fabiano Piúba. “E, para reforçar isso, a Fundação Palmares inseriu uma ação muito forte, muito política e muito simbólica na promoção do livro, da leitura, da literatura e da diversidade étnica e afro cultural brasileira”, afirma.
Para Maiesse Gramacho, chefe de Divisão de Literatura do MinC, os três dias de programação de lançamentos de livros da 4ª CNC foram um sucesso. “Tivemos por volta de 80 lançamentos ao longo desse período, com publicações nas mais diversas áreas. Os autores tiveram espaço não apenas para vender suas obras, mas apresentar seus trabalhos ao público presente, em um palco aberto, democrático e acessível, promovendo uma troca muito rica entre todos. Certamente, foi um dos pontos altos da Conferência”, aponta. Para ela, a ação, pensada a partir das políticas do livro e leitura, foi uma valorização do trabalho de escritores e escritoras, dando vez e voz a vários autores de todas as regiões do país.
Escritora e também coordenadora de Políticas Públicas e Territórios Educativos do MinC, Cristiane Sobral ressaltou a alegria de participar desse momento, para ela, tão importante. “Esse aquilombamento onde pude estar com outros escritores e escritoras. Feliz de poder apresentar a obra para o público presente, ver que pessoas de vários estados puderam levar o livro, e fazer essa distribuição e difusão da literatura de uma forma mais ampla. Parabéns pela dinâmica, engajamento de todos os autores e autoras. Ação bonita e coletiva”, aponta.
Com a obra Cartas para Teodora, Maurício Virgulino, professor e educomunicador, também celebrou o espaço. E ressaltou a importância de termos ações de valorização do livro e da pesquisa, da difusão de saberes. Para ele, lançar o livro na CNC é poder dialogar com as pessoas que estão pensando a política nacional de cultura em nosso Brasil, e, para ele, isso é muito bonito porque são pessoas alinhadas com o que ele está fazendo.
“O livro fala da integração da arte, educação e da educomunicação, na busca de construir melhores ecossistemas comunicativos, abertos, dialógicos, participativos, criativos e colaborativos em um olhar bastante contextualizado na América Latina e decolonial. No lançamento, eu pude conversar com as pessoas e falar sobre a obra, conversar sobre o tema, estabelecer conexões, numa bela confluência de múltiplos encontros. De educar por meio da arte e da cultura”, afirma Maurício Virgulino.
Realização
A 4ª CNC é realizada pelo MinC e pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), e correalizada pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI). Além disso, conta com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil).
O Festival da Cultura, que também integra a programação, é apresentado e patrocinado pelo Banco do Brasil, com realização do MinC e do CNPC, correalização da OEI e apoio da Flacso Brasil.