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SEMINÁRIO REGIONAL
“Quero pautar questões de gênero e raça nas políticas públicas que a SAV vai construir”, afirma secretária
Foto: Filipe Araújo/MinC
Paridade de gênero e raça foram o foco da fala da secretária Joelma Gonzaga durante o Seminário Regional sobre o Audiovisual na Era do Streaming - evento realizado pela Secretaria de Direitos Autorais e Intelectuais (SDAI) e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) na tarde da última segunda-feira (12).
Joelma foi uma das palestrantes convidadas da mesa Iniciativas de Gênero nas Produções Latino-americanas. Oportunidade que usou para enfatizar as múltiplas ações de promoção da equidade promovidas pelo Ministério da Cultura (MinC). “Antes de abrirmos os cargos que nós teríamos para outras pessoas que viessem de fora [da Secretaria de Audiovisual], queríamos identificar dentre as servidoras da Casa quem poderíamos chamar para ocupar esses lugares”. E foi a partir dessa medida que as mulheres se tornaram maioria na SAV.
Outra medida de incentivo à produção audiovisual feita por mulheres no Brasil é o edital Ruth de Souza, primeiro chamamento público realizado pela SAV. O processo seletivo com aporte do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) foi lançado em abril, e prevê incentivo à produção de obras cinematográficas de longa-metragem dirigidos por mulheres cis ou transgênero e apresentados por meio de produtoras brasileiras independentes. “[O edital] tem como requisito a formulação de equidade de gênero e a valorização do protagonismo feminismo.”
Paridade inédita
Ainda este mês, a SAV dará posse a um novo Conselho Superior de Cinema (CSC), que pela primeira vez terá uma composição de gênero paritária entre seus titulares”, destaca Joelma . “Acredito que se eu quero pautar as questões de gênero e raça nas políticas públicas que a Secretaria do Audiovisual vai construir ao longo desses anos, eu precisaria começar essa construção olhando para toda essa estrutura que tenho comigo”, reforça.
Também participaram da mesa a diretora da Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro (API), Cíntia Domit Bittar; e a sócio fundadora da Biônica Filmes, Karen Castanho Vega. A mediação foi da sócio-diretora da Gullane Entretenimento, Débora Ivanov.
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