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“O poder emana do povo”, conclama ministra em audiência pública
Foto: Filipe Araújo/ MinC
Livros sim. Armas não. Menos violência, mais educação. Ao som do grupo progressista Mistura Popular, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) realizou, nesta quinta-feira (10), a Audiência Pública Novas Perspectivas para a Cultura Brasileira, com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes. O evento faz parte da agenda do Circula MinC - ações itinerantes que asseguram o debate sobre cultura em todo o país.
“Lula está governando para todos os brasileiros. Para fazer políticas públicas é preciso apoio da sociedade. O poder emana do povo”, conclamou a chefe do Ministério da Cultura (MinC) em discurso. Margareth ressaltou que o MinC já visitou todos os Estados brasileiros e parabenizou os comitês regionais da Lei Paulo Gustavo (LPG). “A cultura brasileira não é de nenhum lugar, de nenhum Estado. A cultura brasileira é do povo brasileiro. Pela cultura, fazemos transformação social, ambiental, econômica e de educação”.
A ministra defendeu o retorno de ensino de artes nas escolas, ressaltou parcerias com o Ministério da Justiça para levar cultura a regiões mais vulneráveis e citou os números da LPG em São Paulo. “São R$ 356 milhões para a capital e um total de R4 728 milhões para o Estado”.
A secretária estadual de Cultura, Economia e Indústria Criativas, Marília Marton ressaltou que Margareth entende o país e representa no mundo os fazedores de cultura brasileiros. “Cultura é desenvolvimento humano, senso crítico e pode fazer uma nação melhor”.
A gestora e produtora cultural Cassiane Tomilheiro discursou a respeito da importância do suporte do MinC às centenas de cidades paulistas, especialmente os que possuem dificuldade para realizar conferências municipais. E defendeu que um Estado com o porte de São Paulo tenha um Conselho Estadual de Cultura, “paritário, deliberativo e eleito democraticamente”.
A secretária dos Comitês de Cultura do MinC, Roberta Martins, anunciou que logo será lançada chamada dos comitês de cultura e celebrou a criação de um escritório do MinC no Estado de São Paulo. “O Brasil é um só e uma de nossas missões é a territorialização, descentralização, estabelecendo a relação de que somos um país único e que se une pela cultura”.
“Cada velho senhor que morre é uma biblioteca que queima”, alertou o Mestre Alcides, representante da cultura popular na Audiência. Reconhecendo a importância das políticas públicas, ele defendeu melhor valorização dos mestres. Já a deputada Leci Brandão, confessou: “Em nenhum momento perdemos a fé e, por isso, a cultura está de volta”. Ela também disse sentir alegria em ver Margareth à frente do MinC, uma mulher preta, baiana, da música e de orixá: “Um metalúrgico que nem curso superior tem faz essa transformação. Traz sabiamente Margareth Menezes como ministra da Cultura.”
Também participaram da audiência a deputada estadual professora Bebel, as representantes da Bancada Feminista Paula Nunes e Simone Nascimento, os deputados estaduais Eduardo Suplicy e Guilherme Cortez, o Quarteto Fora de Contexto e outras lideranças.
Assista a Audiência: