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“A cultura popular é o que nos inspira, é onde está a identidade do nosso povo”, afirma ministra
Foto: Amanda Tropicana
“A capoeira é um grande legado do Brasil. Nessa retomada do Ministério da Cultura abrimos o diálogo com todos os setores, inclusive com os representantes da capoeira. Vamos cada vez mais fortalecer, homenagear, ampliar e trazer políticas para esse segmento. A cultura popular é o que nos inspira, é onde está a identidade do nosso povo”, afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, nesta quarta-feira (24), na abertura do 5º Rede Capoeira, no Espaço Cultural da Barroquinha, no Centro Histórico de Salvador.
A cerimônia teve apresentações culturais e a entrega do troféu Sankofa a 14 mestres, os mais antigos do país, celebrados nesta edição.
Os homenageados, todos acima dos 80 anos, foram os mestres João Grande, Acordeon, Boca Rica, Brandão, Felipe, Olavo, Pelé da Bomba, Brasília, Virgílio, Cafuné, Carcará, Curió, Celso e Sombra.
“É um momento importante e simbólico para todos nós. Esses mestres pavimentaram a história da capoeira no Brasil e no mundo, abriram caminho para a capoeira ser reconhecida em mais de 170 países e a maior divulgadora da língua portuguesa no mundo. E deixam um legado bastante significativo”, comentou Mestre Sabiá, idealizador da festa.
O evento gratuito, que se estende até o dia 27, fomenta e valoriza a capoeira por meio de atividades culturais, rodas de conversa e diálogo entre mestres e praticantes.
A solenidade teve ainda a participação do prefeito de Salvador, Bruno Reis; além de ativistas, artistas, estudiosos da capoeira, autores de livros sobre a expressão cultural e representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia).
“A capoeira extrapola. É cultura, tradição, e, acima de tudo, resistência. Um grande lastro cultural da nossa cidade, do nosso estado, do nosso país”, definiu o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro.
Em 2008, a capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan. Seis anos depois, tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).