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Dia das Mulheres e Meninas na Ciência: Conheça seis pesquisas do CTI lideradas por mulheres
Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado no dia 11 de fevereiro, o CTI Renato Archer homenageia todas as colaboradoras que formam o quadro funcional da unidade de pesquisa, destacando o trabalho de seis pesquisadoras da instituição. Estas pesquisadoras representam a importância da participação feminina nas atividades científicas, sobretudo em áreas que ainda possuem predominância de atuação masculina, como a STEM (sigla em inglês para science, technology, engineering and mathematics).
A pesquisadora do CTI e engenheira, Angela Maria Alves , é responsável pela coordenação do projeto de Cidades Inteligentes Sustentáveis. Junto com uma equipe de pesquisadores, Angela desenvolveu o Modelo de Maturidade de Cidades Inteligentes Sustentáveis Brasileiras (MMCISB), bem como um conjunto de indicadores, um modelo matemático estatístico, com definição de pesos e prioridades, para diagnosticar o grau de maturidade das cidades. O método está embarcado na Plataforma Inteli.gente, do MCTI.
Atualmente, a química Talita Mazon é responsável por várias pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de testes rápidos e portáteis (biossensor) de detecção de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika vírus, além de outras doenças negligenciadas como hanseníase multibacilar, leishmaniose tegumentar e paracoccidioidomicose. A pesquisadora do CTI também está elaborando um biossensor para detecção de infecção hospitalar. Os biossensores feitos pela equipe da Talita são baseados em nanoestruturas de ZnO, capazes de realizar o diagnóstico simultâneo de doenças negligenciáveis de forma precisa, rápida e sem reação cruzada.
Entre vários projetos na área de biofabricação, a pesquisadora e engenheira bioquímica , Juliana Daguano , coordena uma pesquisa de desenvolvimento de novos materiais avançados para a impressão 3D de próteses utilizadas na reconstrução de tecido ósseo. Os novos materiais terão como base o PEEK (poli-éter-éter-cetona) e o PCL (poli(e-caprolactona)), que irão permitir a customização de próteses para casos clínicos de danos ósseos buco-maxilo-faciais (BMF). Para esse projeto, além de uma equipe de profissionais, a pesquisadora também conta com o apoio de outras instituições e empresas. O desenvolvimento da pesquisa resultará na possibilidade da impressão 3D de próteses multimateriais de dois tipos: próteses permanentes, que combinarão o PEEK com nanopartículas de carbono e fibra de vidro bioativo; e próteses bioabsorvíveis, feitas de nanocompósitos de PCL com vidro bioativo e hidrogéis de colágeno com partículas liberadoras de óxido nítrico.
A cientista da computação do CTI, Artemis Moroni, desenvolve projetos de pesquisa na área da arte computacional e sistemas interativos multimodais. Atualmente, ela está desenvolvendo um aplicativo para geração de composições audiovisuais a partir de plataformas planetárias, chamado de GaiaSenses. Tais composições serão criadas a partir de dados da região local e servirão como alerta para as condições climáticas locais. As composições poderão ser compartilhadas por meio das redes sociais, eventualmente desencadeando ações de proteção à biodiversidade. O projeto da pesquisadora Artemis está sendo realizado em parceria com universidades brasileiras e do exterior.
No CTI, a musicista e psicóloga especialista em Tecnologia Assistiva, Fabiana Bonilha , está desenvolvendo um estudo sobre uso de recursos de Tecnologia Assistiva para ampliar o acesso das pessoas com deficiência visual ao universo da leitura e escrita em Braille, com ênfase na otimização da transcrição de partituras musicais para este sistema. Na pesquisa, Fabiana avalia recursos como softwares de edição de partituras em tinta e Braille, leitores de tela, impressora Braille, entre outros. Além de ajudar na melhoria do processo de aplicação dessas ferramentas, ela pretende, por meio da pesquisa, possibilitar às pessoas com deficiência visual o acesso a obras musicais cujas transcrições são inéditas.
A pesquisadora do CTI e química, Jilian Nei de Freitas , está trabalhando no desenvolvimento de minimódulos de células solares de perovskita. Neste projeto, a pesquisadora está sendo responsável pela preparação de substratos transparentes condutores modificados com grades metálicas, processamento de camadas de contato seletivos e da perovskita em células de maior área, integração das camadas e componentes eletrônicos, além de colaborar nos testes de estabilidade e um estudo do tipo round-robin a ser realizado com na empresa Onnin. Além da equipe da pesquisadora, o projeto está sendo elaborado em parceria com a Unicamp, UFRN e FINEP.
Além dessas seis mulheres, o CTI conta com o trabalho de diversas outras profissionais que atuam diretamente no desenvolvimento científico e também em atividades administrativas e de apoio, que são de grande importância para o funcionamento da unidade de pesquisa e pela busca de soluções a demandas da sociedade.
O CTI Renato Archer prestigia todas as mulheres que atuam na área e apoia a busca pela equidade de gênero na ciência.
Ilustrações: Otávio Amorin (CTI/MCTI)