Notícias
CTI na mídia:
Biomodelos 3D possibilitam cirurgias com menor risco
Biomodelo desenvolvido para caso clínico em que criança teve parte da mandíbula solta. (Fonte: Arquivo do pesquisador da UFU)
Os biomodelos 3D são produzidos a partir de imagens do paciente adquiridas por ressonância ou tomografia computadorizada e são fabricados em nylon utilizando a tecnologia SLS de impressão 3D.
O responsável pelo setor de cirurgias do Hospital Odontológico da UFU e cirurgião buco-maxilo-facial, Felipe Peres, conta que além de ajudar no planejamento e entendimento das condições do paciente, os biomodelos 3D desenvolvidos pela equipe do ProMED/CTI permitem que o tempo cirúrgico seja reduzido em até duas horas. Outro fator importante é que os modelos também apresentam aplicação estudantil, implementados como ferramenta de auxílio de diagnóstico dos defeitos faciais e possibilitando que o esqueleto do paciente seja observado antecipadamente em proporções reais, o que contribui para que formas de tratamento sejam instituídas.
“Trabalhamos com o grupo há alguns anos e temos vários casos interessantes, desde trauma facial complexo até reconstruções de grandes defeitos mandibulares devido a tumores”, ressalta Peres.
Do desenvolvimento às mesas de cirurgia
Para desenvolver aplicações para a saúde, em 1997, o Centro Renato Archer adquiriu a primeira impressora 3D do Brasil. Anos mais tarde, em 2000, foi implantado o ProMED, cujo objetivo principal é auxiliar instituições do SUS no planejamento de cirurgias de alta complexidade.
No processo de desenvolvimento de novas tecnologias da área de impressão 3D, os pesquisadores do CTI perceberam a necessidade de criar um software para reconstrução 3D de estruturas anatômicas provenientes de exames de imagem. Assim surgiu o InVesalius, um software livre utilizado em 178 países e traduzido para 17 idiomas.
Parceiros desde 2017, o HC/UFU faz a solicitação dos biomodelos através do procedimento padrão disponibilizado pelo Centro Renato Archer, que é o mesmo para todos os profissionais do SUS.
“Os pedidos são recebidos por e-mail ( promed@cti.gov.br ), em seguida enviamos um protocolo com as etapas do processo para darmos início ao planejamento solicitado pelo cirurgião. Uma dessas etapas é o envio das imagens oriundas de tomografia ou ressonância, que se estiverem em qualidades adequadas, permitirão a impressão dos biomodelos”, explica Novais.Assim que aprovadas as imagens finais da modelagem, os biomodelos são impressos em 3D e enviados ao solicitante via Correios – sendo que o custo de envio fica a cargo do cirurgião.
Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.
Fonte: Biomodelos 3D possibilitam cirurgias com menor risco | comunica.ufu.br