Servidores
A gestão de risco de pessoal é um processo contínuo e multifacetado que exige uma abordagem estratégica e preventiva. A identificação dos principais riscos e a implementação de políticas que promovam a retenção de talentos, a capacitação contínua, o bem-estar dos servidores são fundamentais para garantir o sucesso das iniciativas científicas e tecnológicas. A gestão eficaz de pessoal não só minimiza os impactos negativos, mas também contribui para o desenvolvimento de um ambiente de trabalho mais produtivo, criativo e sustentável, fundamental para o avanço da ciência e tecnologia no Brasil.
A gestão de risco voltada para o pessoal nas unidades de pesquisa do MCTI busca identificar, avaliar e mitigar os riscos que possam impactar diretamente o desempenho das equipes, a qualidade da pesquisa e, consequentemente, os resultados esperados. Esses riscos podem ser internos (decorrentes de falhas na gestão de pessoal) ou externos (resultantes de fatores como mudanças na legislação, crises econômicas ou políticas que afetam o financiamento de projetos).
Os principais riscos relacionados ao pessoal
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Risco de rotatividade de pessoal e perda de talentos: A retenção de profissionais altamente qualificados é um dos maiores desafios na unidade de pesquisa. A escassez de recursos financeiros, salários abaixo da média do setor privado e a falta de incentivos para o desenvolvimento de carreira podem resultar em um elevado índice de rotatividade. Isso prejudica a continuidade dos projetos de pesquisa e gera custos adicionais para o treinamento de novos colaboradores.
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Risco de sobrecarga de trabalho e estresse: A sobrecarga de tarefas devido à falta de pessoal, ou à alocação inadequada de recursos humanos, pode gerar um ambiente de trabalho estressante, o que impacta diretamente a qualidade do trabalho. A alta pressão para entregar resultados em prazos curtos, muitas vezes sem os recursos necessários, pode comprometer a saúde mental dos servidores e prejudicar o desenvolvimento dos projetos.
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Risco de falhas na capacitação e desenvolvimento profissional: A falta de programas de capacitação contínuos e adequados pode resultar em uma equipe desatualizada frente às novas demandas da pesquisa científica e tecnológica. Além disso, a falta de uma gestão estratégica de carreiras pode gerar desmotivação e baixa performance entre os pesquisadores e demais profissionais da unidade.
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Risco de conflitos e problemas de comunicação: A ausência de uma cultura organizacional que promova a colaboração e a comunicação eficiente entre as equipes pode gerar conflitos internos, reduzindo a produtividade e a qualidade da pesquisa. Em unidades de pesquisa, onde a interdisciplinaridade é essencial, a integração entre diferentes áreas do conhecimento é fundamental para o sucesso das iniciativas científicas.
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Risco de interrupções devido a fatores externos: Mudanças nas políticas públicas, nos orçamentos do MCTI ou nas condições macroeconômicas podem gerar instabilidade e incertezas quanto à continuidade de projetos e à manutenção da equipe. Tais fatores externos podem, por exemplo, resultar em cortes orçamentários ou na suspensão de contratações de pessoal, afetando diretamente o andamento das atividades de pesquisa.
Estratégias de gestão de risco relacionados ao pessoal
A gestão de risco relacionada ao pessoal lotado no CTI aborda a implementação de políticas preventivas e a criação de mecanismos de mitigação adequados.
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O Macroprocesso de "Gestão de Pessoas" do Plano Diretor da Unidade trata do Planejamento estratégico de recursos humanos: Um plano estratégico de gestão de pessoas, alinhado às metas e objetivos pode ajudar a minimizar riscos relacionados à escassez ou à má alocação de pessoal. Isso inclui a definição de perfis de competência necessários, a identificação de lacunas de habilidades e a implementação de programas de recrutamento e retenção.
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O Macroprocesso do "Plano de Desenvolvimento de Pessoas - PDP" do Plano Diretor da Unidade trata a Capacitação e desenvolvimento contínuo: Investir em programas de capacitação técnica e comportamental para os colaboradores é essencial. A atualização constante dos profissionais é uma forma eficaz de garantir a competitividade e a qualidade das pesquisas. A criação de políticas de incentivo à formação acadêmica, como bolsas de doutorado, pós-doutorado e cursos de aperfeiçoamento, contribui para a retenção de talentos. Anualmente é pactuado o Plano de Desenvolvimento de Pessoas do CTI com o objetivo de atender ações de capacitação de seus servidores. O PDP e suas alterações são publicados no Boletim de Serviço do CTI disponíveis no link Boletins de Serviço — Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer
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Promoção de um ambiente de trabalho saudável: A gestão de riscos deve considerar a criação de um ambiente de trabalho equilibrado, que favoreça a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores. Isso pode ser feito através da implementação de políticas de qualidade de vida no trabalho, como programas de apoio psicológico, horários flexíveis e políticas de prevenção ao estresse. O CTI firmou o Acordo de Cooperação nº 02/2023 com a Associação dos Servidores do CTI, cujo objeto é a execução de ações que visam a promoção e melhoria da qualidade de vida dos servidores e aposentados do CTI. Entende-se por qualidade de vida quaisquer iniciativas que, voltadas ao público citado no subitem anterior, se relacionem a: a) Educação em saúde; b) Intervenção nos ambientes e processos de trabalho com vistas à prevenção de doenças, agravos e acidentes ocupacionais; c) Promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde; d) Prevenção dos riscos, agravos e danos à saúde; e) Estímulo dos fatores de proteção da saúde e ao controle de determinadas doenças; f) Hábitos saudáveis de vida e de trabalho; g) Bem-estar no contexto laboral; h) Alimentação saudável; i) Cuidado integral em saúde; j) Desenvolvimento de habilidades sociais e do trabalho; k) Envelhecimento ativo, educação e preparação para a aposentadoria; l) Gestão integrada de doenças crônicas e fatores de risco; m) Mediação de conflitos; n) Prática corporal e atividade física; o) Prevenção da violência e estimulo à cultura da paz; p) Prevenção e controle do tabagismo, do uso abusivo de álcool e de outras drogas; q) Valorização da diversidade humana; r) Prevenção de acidentes de trabalho; s) Ética no exercício da função pública; t) Congraçamento e interação social. Além de Programas de Voluntariado, de Integração, Esportivo e de Saúde e Bem Estar. O CTI tem instituído o Programa "Cuide-se bem!" cujo público alvo contempla toda a força de trabalho da Unidade de Pesquisa.
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O Macroprocesso do "Comunicação Institucional" do Plano Diretor da Unidade contempla o desenvolvimento de uma cultura de comunicação e colaboração: A promoção de uma cultura organizacional que valorize a colaboração entre as equipes de pesquisa é crucial. Isso pode ser alcançado por meio de reuniões periódicas, eventos de integração e ferramentas digitais que facilitem a comunicação entre os membros das diferentes áreas de pesquisa. O CTI prioriza a sua comunicação através de comunicados institucionais internos, tais como "Diretoria Informa"; divulgações diversas em televisores instalados pela UP; dá ampla publicidade aos assuntos tratados pela Diretoria por meio do "Gestão Comunica" publicado semanalmente na intranet, dentre outras ações.