Perguntas Frequentes
Quando o CTI foi criado?
O CTI foi criado em 1982 como Centro Tecnológico para Informática, sob a égide do modelo da época de substituição de importações, como o braço operacional do governo na implantação da política nacional de informática, em especial no apoio à gestão da reserva de mercado para bens de informática. Ao longo de sua existência, o CTI passou por diversos momentos de turbulência, quase sempre em consequência das flutuações das políticas públicas adotadas nessa área pelos sucessivos governos. Assim, a instituição experimentou diferentes personalidades jurídicas (fundação pública, autarquia, administração direta), recebeu várias denominações (Fundação Centro Tecnológico para Informática, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Centro de Pesquisas Renato Archer e, finalmente, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer) e esteve vinculada, em diferentes momentos, a diferentes órgãos da estrutura do Poder Executivo Federal. A partir de 1985, com a criação do atual MCTI (na época MCT), o CTI foi incorporado à sua estrutura e em 2000 oficializado como uma de suas Unidades de Pesquisa. Diferentemente de algumas outras unidades do MCTI, o CTI tem uma orientação essencialmente tecnológica e por isso não conta com programas de pós-graduação.
Quais desafios marcaram a história do CTI?
A despeito dos desafios que marcaram sua história, o CTI nunca se desviou do princípio basilar que lhe deu origem: estabelecer a interação - ser a “ponte” - entre a comunidade de P&D e o setor produtivo, na área de Tecnologia da Informação. Sua resiliência e sua capacidade de adaptação a diferentes cenários políticos e econômicos podem ser atestadas pelas inúmeras contribuições dadas pelo CTI para a formulação e a implantação de políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil, em sua área de atuação.
De forma a ilustrar sua trajetória e relevância, podem ser citadas algumas realizações do CTI no corrente século, tais como: estruturação, como instituição base, da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil); envolvimento nas definições da implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital; aprimoramento, sob demanda do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, do Sistema Eletrônico de Votação, tanto com relação à caracterização e qualificação do hardware da urna eletrônica, quanto nos testes de segurança cibernética desse dispositivo; criação do Centro de Treinamento e capacitação de profissionais em design de circuitos integrados, para suprir a indústria nacional no âmbito do programa CI-Brasil; envolvimento fundamental nas iniciativas para desenvolvimento da cadeia de tratamento de resíduos eletroeletrônicos, no âmbito da rede Sibratec, e de tecnologias para aproveitamento dos materiais integrados a esses equipamentos; referência e pioneirismo nacional no desenvolvimento de tecnologias tridimensionais, tendo atuado no planejamento cirúrgico de alta complexidade em mais de seis mil casos com hospitais públicos e no desenvolvimento do software InVesalius para tratamento de imagens médicas, que é utilizado atualmente em mais de 170 países por mais de 70.000 usuários; além do pioneirismo no estabelecimento das tecnologias de biofabricação na América Latina, entre muitas outras ações.
Além dessas iniciativas, o CTI também colaborou com outras políticas públicas, entre estas: o projeto Certics, desenvolvimento de metodologia e certificação de desenvolvimento nacional de softwares; o projeto AvalRDA, responsável pela implementação de um sistema e de metodologia específica, utilizados no tratamento de backlog de RDAs relativos a investimentos realizados no âmbito da Lei de Informática, acumulados desde 2006, resultando na análise de cerca de 20 mil relatórios de projetos em estoque no MCTI; o programa de tecnologias 3D para a área médica - ProMed, referência nacional na saúde que, com seu pioneirismo e abrangência, tem trazido grandes resultados para hospitais e influenciado empresas desde o ano 2.000. Destaca-se também o desenvolvimento de sistemas de monitoramento cibernético de grandes massas de dados e redes sociais para a detecção potencial de ataques terroristas, em cooperação com a Polícia Federal, para os Jogos Olímpicos de 2016. Há alguns anos o CTI também contribui para o desenvolvimento de diversos sensores, entre os quais biossensores para a detecção rápida de doenças, como o Zika Vírus e, mais recentemente, para a Covid-19. O CTI tem investido na área de Inteligência artificial em hospital de referência em câncer infantil para a mineração de dados, descoberta de conhecimento em base de dados, aprendizado de máquina, tecnologias semânticas e prontuários eletrônicos digitais para oncologia pediátrica. O CTI coordena ainda uma rede nacional de cooperação para desenvolvimento de circuitos integrados imunes à radiação, projetos de desenvolvimento e aplicação de metodologias para avaliação do nível de maturidade de cidades inteligentes sustentáveis e para avaliação de instrumentos de tecnologia assistiva.
Dessa forma, torna-se patente a importância do CTI na execução e implementação de políticas públicas em Tecnologias da Informação, com foco no atendimento das demandas reais da sociedade brasileira. Além da indústria e da academia como parceiros naturais e presentes nas suas ações, o CTI exercita fortemente a integração e a cooperação na forma de projetos e consultorias com diversas áreas do governo, com destaque para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Ministério da Saúde, o Ministério da Justiça, a Receita Federal, entre vários órgãos governamentais federais, estaduais e municipais.
Finalmente, é importante realçar alguns ativos institucionais, como a tradição histórica do CTI na pesquisa científica e tecnológica e no apoio à inovação; suas parcerias e cooperações com o setor acadêmico; o reconhecimento no atendimento das demandas do Estado brasileiro em suas variadas esferas e poderes; sua complexa capacidade instalada de laboratórios únicos e abertos, como por exemplo um dos laboratórios estratégicos do SisNANO. A isenção e a qualidade nos seus pareceres técnico-científicos são igualmente um destaque. Do ponto de vista estratégico, sua localização privilegiada no Brasil é de extrema relevância, representada pela pujança tecnológica da região de Campinas, ondecoexistem grandes universidades e polos científicos e tecnológicos reconhecidos nacional e internacionalmente.
Qual é a missão do CTI?
Gerar, aplicar e disseminar conhecimentos em Tecnologia da Informação e áreas correlatas, em benefício da sociedade brasileira.
Qual a visão e os valores do CTI?
Visão
Ser reconhecido nacional e internacionalmente pela relevância de suas contribuições para o desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico.
Valores
São os seguintes os valores institucionais do CTI:
Compromisso com a inovação
O CTI acredita que a inovação é o fenômeno fundamental do desenvolvimento econômico e a principal via para se atingir a autonomia tecnológica e a evolução do setor produtivo do nosso país. Os mecanismos instituídos pelo novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, se ajustam de forma plena e natural à missão e à vocação do CTI.
Excelência na produção científica e tecnológica
Na realização de suas ações finalísticas, o CTI busca sempre atingir a excelência de sua produção científica e tecnológica, por meio da atualização constante de suas competências e da estrita observância do rigor metodológico, dos princípios da ética científica e das melhores práticas de gestão.
Comprometimento, eficiência e integridade
Para que se cumpra de forma plena a sua missão institucional, o CTI conta com o comprometimento de seus profissionais com os objetivos estabelecidos, com o emprego eficiente dos recursos públicos e privados colocados sob sua responsabilidade e com a inteira submissão aos preceitos legais e aos princípios da República Federativa do Brasil, em todas as suas ações.
Valorização das pessoas e do desempenho coletivo
Como condições necessárias para a manutenção de um ambiente de trabalho saudável e produtivo, o CTI valoriza a competência, o esforço e a dedicação de sua força de trabalho, o respeito à diversidade de ideias e opiniões, a atitude colaborativa e o desempenho coletivo.
Responsabilidade socioambiental
O CTI procura atuar de forma que sua produção científica e tecnológica beneficie toda a sociedade e contribua para o uso eficiente e responsável dos recursos naturais, para a preservação do meio ambiente e para o desenvolvimento social.
Qual a relação entre o CTI e a Embrapii?
O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer foi credenciado pela Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial como Unidade Embrapii Tecnologias 3D-CTI.
A área de competência da unidade é Tecnologias 3D, nas seguintes sublinhas:
- Competências Digitais - As tecnologias 3D contam com ferramentas virtuais que têm impactado a inovação com soluções avançadas em todas as áreas da tecnologia. Há mais de 20 anos o CTI desenvolve tecnologias 3D para o processamento de imagens médicas, como o InVesalius, em uso em 180 países; a modelagem e simulação biomecânica, gêmeos digitais, IoT e BigData, alimentando algoritmos de inteligência artificial (IA) capazes de identificar padrões nas mais diversas situações. O CTI tornou-se referência e um ponto de encontro entre centros de pesquisas, universidades, hospitais e empresas de todas as áreas. Com o apoio da EMBRAPII a unidade Tecnologias 3D atuará de forma ágil e facilitada, provendo inovação para empresas nas áreas citadas e nas de grande potencial inovador. Aplicações como a indústria farmacêutica têm potencial de produzir testes rápidos e apoiar o desenvolvimento de novas drogas e de todas as demandas acessórias, eliminando a necessidade de uso de animais em experimentos. A sublinha dispõe de laboratórios com tecnologias avançadas em modelagem virtual e simulação computacional, além de pessoal altamente especializado na identificação de potenciais inovações nestas áreas. Esta sublinha se integra com a de Aplicações Físicas, pois representa o passo inicial obrigatório para o desenvolvimento de qualquer aplicação em física utilizando tecnologias digitais. Áreas de materiais avançados, metamateriais e técnicas de deposição para a inovação em dispositivos médicos, sensores e biossensores, indústria farmacêutica, óleo e gás, aeronáutica, automobilística, energias renováveis, soluções de simulação computacional e aprendizado de máquina para desenvolvimento de medicamentos e a biofabricação entre outras se beneficiarão dessa sublinha.
- Competências Físicas - A busca por novas tecnologias baseadas em materiais avançados para as mais diversas áreas da tecnologia tem se intensificado pela possibilidade de materializar soluções anteriormente confinadas ao mundo teórico. O uso de tecnologias de manufatura aditiva exige a digitalização do mundo, mas possibilita criar soluções com nível de complexidade praticamente ilimitado. Tais inovações vão desde novos materiais, engenheirados em sua microestrutura, até novos designs e projetos, próprios para explorar as características únicas das tecnologias de manufatura aditiva. Essa nova fronteira exigirá novos processos e qualificações de materiais e protocolos de fabricação, que serão desenvolvidos nesta sublinha, viabilizando a entrega da tecnologia para o chão-de-fábrica. A equipe tem experiência na síntese de materiais avançados, no desenvolvimento de arquitetura eletrônica e métodos de empacotamento de biossensores acústicos e eletroquímicos baseados em nanofilmes, como óxido de grafeno, nanoestruturas de óxidos metálicos, polímeros e na funcionalização destes materiais com moléculas biológicas. A experiência de mais de 15 anos da equipe do CTI gerou soluções completas (plataformas), atendendo demandas de desenvolvimento de produtos para o diagnóstico, bem como o tratamento inovador de doenças. Plataformas usam IoT para a extração de informações, por meio de técnicas de IA que geram as soluções completas para mercado de sensores na área médica. O CTI tem intensificado sua atuação no emprego da IA em saúde avançada. A infraestrutura conta com diversos equipamentos de manufatura aditiva de classe industrial, os quais já vêm sendo usados no desenvolvimento de soluções inovadoras como novos testes rápidos e precisos (point-of-care) graças à integração de materiais avançados com tecnologias como lateral flow, biossensores acústicos e eletroquímicos, e a manufatura aditiva. No tratamento de doenças, os materiais avançados são usados para inovar por meio de dispositivos de drug delivery, permitindo o controle e liberação direcionada de medicamentos, como a impressão 3D de medicamentos para o tratamento de doenças negligenciadas, por exemplo.
Como trabalhar no CTI?
A força de trabalho do CTI é composta por diversos vínculos:
- Servidores: a admissão se dá por meio de Concurso Público (https://www.gov.br/cti/pt-br/assuntos/editais-e-concursos)
- Terceirizados: O CTI, de acordo com a legislação vigente, contrata empresas especializadas que poderão alocar mão de obra de dedicação exclusiva no Centro, de acordo com os requisitos estabelecidos no respectivo pregão. Os interessados podem enviar currículos para diladserv@cti.gov.br.
- Bolsistas: as informações são disponibilizadas em Programas de Bolsas - https://www.gov.br/cti/pt-br/programas-de-bolsas.
- Estagiários: os interessados deverão estar cursando ensino superior. Os currículos poderão ser enviados para digep@cti.gov.br.
O CTI é responsável pela gestão do domínio Gov.br?
A responsabilidade pelo domínio Gov.br é do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (https://www.gov.br/gestao/pt-br).