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Presidente do CNS destaca importância do uso da membrana amniótica na recuperação de queimados
Foto: CNS
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, se reuniu com a direção da Fundação Ecarta, na sexta (12/04), para tratar de assuntos ligados à doação e transplante de órgãos. A fundação mantém o projeto Cultura Doadora e o encontro abordou a necessidade de regulamentação pelo SUS do uso da membrana amniótica como curativo para tratar pacientes queimados.
O Brasil registra cerca de um milhão de casos de queimaduras por ano. Destes, aproximadamente, 100 mil precisam de atendimento médico, sendo que o SUS é responsável pelo tratamento de 95% dos pacientes queimados no país.
Usado há décadas em muitos países, este curativo biológico promove a cicatrização de feridas, acelera a recuperação por meio da inibição da inflamação, tem funções de regulação imunológica, anti-inflamatória e de regeneração de vasos. Por apresentar essas propriedades, a membrana tem múltiplos usos em diversas áreas da medicina.
No Brasil, há apenas quatro bancos de tecidos que atendem 10% da demanda nacional. “É muito importante para o SUS contar com este recurso farto que traz inúmeros benefícios no tratamento de queimados e feridas graves. Também diminui o tempo de internação e tem baixo custo, pelas informações que estamos recendo nesse encontro”, destaca Pigatto.
Também participou do encontro o assessor parlamentar para assuntos de saúde, Ricardo Haesbaert, integrante do gabinete do deputado estadual do Rio Grande do Sul Valdeci Oliveira. Na ocasião, o presidente da Fundação, Marcos Fuhr, entregou a Pigatto o livro-reportagem “Corrida contra o tempo – O que compromete a doação de órgãos e a eficiência do sistema de transplantes no Brasil”, lançado no final de 2023.
Ofício à Conitec
A autorização para o procedimento, que apressa a recuperação de pacientes entre outros benefícios, está em análise na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) desde 2021.
Nesta semana a Fundação enviou ofício a Diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (DGITS) do Ministério da Saúde, Luciene Bonan, solicitando informações sobre em que etapa se encontra a análise por parte do colegiado responsável pela incorporação de tecnologias no SUS.
“O uso deste curativo biológico dará um efetivo salto de qualidade e amplitude dos benefícios que advirão desta abundante matéria prima no tratamento de milhares de brasileiras e brasileiros que, anualmente, são vítimas de queimaduras de grande extensão. A aprovação do uso da membrana amniótica significará uma mudança de paradigma no tratamento de queimados do Brasil”, ressaltou Marcos Fuhr.
Ascom CNS com informações de Fundação Ecarta