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CNS participa de lançamento do Mais Acesso a Especialistas, durante coletiva com Nísia e Lula
Foto: CSN
“Governar é cuidar. É oferecer um atendimento humanizado”, destacou a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao anunciar o programa Mais Acesso a Especialistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que passa a ofertar outras possibilidades de encaminhamento, reduzindo o tempo de espera, buscando o paciente quando for necessário que ele se trate sem demora e, até mesmo, quando possível, garantindo atendimento na Atenção Primária, por telessaúde.
A proposta é reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do fortalecimento do SUS Digital, facilitando o acesso a informações e ampliando o potencial de atendimentos remotos. Dados da pasta mostram que 99,9% dos municípios já aderiram ao SUS Digital.O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa para balanço das ações do Ministério da Saúde, nesta segunda (8/04). O evento contou com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra ressaltou que com a desestruturação e a falta de investimentos na estrutura pública de saúde nos últimos anos, os serviços ficaram desarticulados. De acordo com Nísia, antes, com foco nos procedimentos, consultas e exames feitos em lugares diferentes, falta de integração entre especialistas, Médico da Família e Unidade Básica de Saúde, bem como filas sem transparência, o cuidado com a saúde não era priorizado. O novo modelo concentra a atenção no paciente e suas necessidades, reduzindo a quantidade de lugares que ele precisa ir e integrando exames, consultas e acompanhamento da saúde durante o processo.
A ministra também anunciou investimentos no programa SUS Digital. Serão destinados R$ 460 milhões aos entes federados, divididos segundo critérios que visam reduzir iniquidades. Os recursos vão apoiar a elaboração e implementação dos Planos de Ação para a transformação digital. Os 10 núcleos de telessaúde encontrados no início da gestão foram ampliados e agora somam 24 núcleos, três deles com oferta nacional de telediagnóstico especializado.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, ressaltou que a coletiva da Ministra com o Presidente Lula foi extremamente importante para evidenciar como estava sendo maltratada a saúde no Brasil até 2022 e o intenso trabalho que está sendo realizado pelo novo governo desde janeiro de 2023. “Nós, do Conselho Nacional de Saúde, temos dado nossa contribuição para fortalecer o SUS e seguiremos construindo coletivamente com o MS políticas públicas de qualidade, com base nas definições da 17ª Conferência Nacional de Saúde” disse o presidente do CNS.
Nísia Trindade, ressaltou o papel fundamental do controle social.“Nós temos falado de um Brasil bem cuidado e eu quero destacar, senhor presidente, um terceiro pilar de valor do Sistema Único de Saúde que é a participação social e o controle social. Uma parte fundamental desse nosso trabalho foi o que nos orientou na 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizada no ano passado”, disse a ministra da Saúde ao presidente Lula.
Reconstrução da Saúde da Família
Aprimorar o atendimento primário nas Unidades Básicas de Saúde é uma condição necessária para interferir no volume e na qualidade da demanda, ou seja, encaminhar a um médico especialista o que realmente precisa para então retornar ao médico de família para acompanhamento de rotina, após definição do diagnóstico e tratamento adequado. Com o novo ciclo de cuidado, mais equipes chegarão aonde ainda não há assistência e com parâmetros adequados de atendimento, diminuindo a espera por um profissional. Haverá ampliação no horário de atendimento, com mais equipes na mesma UBS até as 22 horas. O novo modelo volta a valorizar as visitas domiciliares, na casa da população.
A meta do Ministério da Saúde é criar, por ano, até 2026, 2.360 Equipes de Saúde da Família, 3.030 Equipes de Saúde Bucal e 1 mil multiprofissionais. Com isso, a previsão é chegar em 80% na cobertura de pessoas com acesso e atendimento de qualidade na Atenção Primária. Em 2023, já foi possível implementar 2.198 Equipes de Saúde da Família no país, número que representa mais de 52% de aumento em relação aos últimos anos, quando eram criadas em média 1.445 equipes. A expansão correspondeu a 16% de consultas médicas e 29% de procedimentos médicos a mais do que em 2022.
Fundamental no atendimento primário do SUS é o programa Mais Médicos, retomado em 2023 após desmonte nos últimos anos. Hoje, 60% dos médicos dos municípios mais pobres são do programa. Esse alcance foi possível porque o Mais Médicos agora conta com 25.421 profissionais em atividade, 85% mais do que em 2022, quando só havia 13.726 médicos. Nesta semana, mais 1,6 mil médicos chegam em 651 municípios.
Mais Acesso a Especialistas
Para ampliar o acesso da população a profissionais especialistas – em hospitais e policlínicas, por exemplo – o Ministério da Saúde criou, então, um modelo de cuidado com maior oferta de consultas, exames e cirurgias, de forma humanizada. O ciclo que tem início em uma atenção primária mais qualificada e com amparo da telessaúde, chega integrado à atenção especializada, reduzindo o tempo de espera do paciente.
Ampliação da cobertura vacinal
No evento, também foi apresentada uma grande conquista da atual gestão: o aumento da cobertura vacinal. De 2023 para cá, 13 das 16 principais vacinas do calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) tiveram crescimento. E a pasta também lançou em 2024 o programa Vacinação nas Escolas.
Para dar o exemplo, o presidente Lula aproveitou a oportunidade - diante de diversas autoridades e do personagem Zé Gotinha - para se imunizar contra a gripe. Vacinado no braço, o presidente fez o alerta. “Quero aqui incentivar homens e mulheres, adolescentes e crianças, a se protegerem. Não precisa ter medo de se vacinar, é uma forma de se prevenir contra doenças que podem levar à morte”, falou Lula.
O presidente Lula fez questão de valorizar o trabalho de Nísia frente ao Ministério da Saúde.
Ascom CNS, com informações do Ministério da Saúde