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E kú Àfékú: CNS lamenta profundamente a partida de Marta Almeida
Fotos: CNS
E kú Àfékú na língua Yorùbá significa “meus pêsames”, “condolências”. E kú geralmente inicia saudações de diversos tipos e Àfékú refere-se a algo perdido e subtende-se quem veio a falecer. É possível que se conheça expressões diferentes para indicar o mesmo sentimento, como “Olórun kò sí purê o”, porque o Yorùbá possui formas diversas de expressões com o mesmo uso.
É com grande respeito à esta tradição, que o Conselho Nacional de Saúde (CNS) comunica e lamenta, profundamente, a partida de sua conselheira nacional de saúde Marta Carmelita Bezerra de Almeida, chamada carinhosamente pelos amigos por Martinha. Candomblecista, Martha era uma Ekédj de Nagô Vodun, filha de Oyá, do Egbe Orisa Nago Vodun, terreiro dos Camarás.
Aos 44 anos, Martinha teve um AVC no percurso entre Pernambuco e Brasília, onde participaria da reunião ordinária do Conselho Nacional de Saúde, para destacar sua força, sua voz e seu conhecido canto de luta. Filha de Marta, irmã de Márcia e mãe de Thalita, Martinha era lutadora incansável em defesa de direitos e respeito para o movimento negro, mulheres, comunidades indígenas, movimentos populares e pelo SUS para todas as pessoas.
No CNS, Marta representava a Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps), integrava a Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição e a Comissão de Promoção, Proteção e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
Nossas condolências aos colegas conselheiros e conselheiras nacionais de saúde, amigos e familiares. E kú Àfékú.
Conselho Nacional de Saúde