Notícias
CNS
Gaza: CNS pede cessar-fogo imediato, fim do cerco total a milhares de palestinos e liberação urgente para entrada de ajuda humanitária
Foto: Wikimedia
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) condena, veementemente, qualquer ato terrorista praticado pelo Hamas e a desproporcional força bélica que permite a Israel um genocídio em curso televisionado. A humanidade acompanha, ao vivo pelas TVs do mundo inteiro, milhares de civis encurralados e a execução em massa de um povo que, sem ter um refúgio seguro, espera pela morte.
O número de mortos ultrapassa 10 mil. Dados compilados pela agência de notícias Al Jazeera, no último domingo (5/11) apontam 9.922 vítimas palestinas e 1.430 israelenses. São 4.910 crianças mortas e mais de 33 mil pessoas feridas que precisam de atendimento médico com urgência, enquanto os bombardeios incessantes atingem, inclusive, hospitais e ambulâncias.
De acordo com a lei humanitária internacional, pacientes, profissionais de saúde e hospitais devem ser protegidos e respeitados o tempo todo. O número de feridos que precisam de assistência médica excede em muito a capacidade do sistema de saúde, que atualmente tem cerca de 3.500 leitos. Hospitais lotados sofrem com falta de médicos, remédios, suprimentos e eletricidade desde o início dos ataques, em 7 de outubro.
São mais de 30 dias de bombardeios a residências, postos de saúde, escolas e, até mesmo, campo de refugiados palestinos. Não há um local seguro para a população palestina. Na última semana, o campo de Jabalia e de Maghazi foram bombardeados por três dias consecutivos e, neste domingo, foi o campo al-Bureij, dizimando famílias inteiras.
É inadmissível. Israel bloqueou o fornecimento de água, comida, luz e combustível a 2,3 milhões de seres humanos. A falta de combustível causa a inoperância de hospitais, centrais para dessalinização da água, transporte para a segurança de civis e ambulâncias. É uma tática desumana de guerra que vem causando mortes além dos mísseis e confrontos militares. As pessoas estão sujeitas à fome, sede e morte.
Defendemos o Estado da Palestina, pedimos pelo cessar fogo imediato, pelo fim do cerco total a milhões de homens, mulheres e crianças que buscam por um refúgio seguro para sobreviver a esta terrível crise humanitária que se instalou na Faixa de Gaza. Nos somamos às milhares de pessoas que foram às ruas em todos os continentes, no último final de semana, gritar pelo fim do genocídio e pressionar pelo fim do apartheid.
Reiteramos nosso apelo pelo cessar-fogo imediato e pela liberação para a entrada de suprimentos extremamente necessários e ajuda humanitária para as pessoas que estão em Gaza.
Conselho Nacional de Saúde