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Fórum Social Mundial: CNS debate desafios para enfrentar consequências da Covid-19
Fotos: CNS
Visibilidade às vítimas da Covid-19, atendimento integral para pacientes acometidos pela síndrome da covid longa e um protocolo de diretrizes claras para atenção integral à saúde destas pessoas estão entre os desafios apontados para enfrentar as consequências da pandemia no Brasil. O assunto foi tema do debate promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), durante o Fórum Social Mundial, nesta terça (24/01), em Porto Alegre.
As estratégias constam no relatório da Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas da Covid-19, presidida pelo deputado estadual gaúcho Pepe Vargas, criada para promover debates com a sociedade civil sobre a situação das vítimas e contribuir para a construção de políticas públicas, levando em consideração os impactos gerados pela pandemia.
“Toda política tem que ser pactuada e construída junto com a participação social, sabemos que Brasil não foi nenhuma referência no enfrentamento à pandemia e o Rio Grande do Sul teve incidência e mortalidade por Covid muito acima da média nacional”, afirma Pepe Vargas.
Desde o início da pandemia no Brasil, o país totaliza 36.730.913 casos confirmados e 696.324 óbitos. Os dados são do Ministério da Saúde, atualizados em 23 de janeiro de 2023. “Foi a maior catástrofe da história do Brasil. Essa questão deve ser enfrentada com toda a força que nós tivermos. Não podemos deixar essa situação passar impunemente”, afirma Lucia Souto, conselheira nacional de saúde que integra a Frente pela Vida.
“Essa atividade é fundamental, precisamos de um grande movimento para garantir a assistência de milhões de brasileiros que estão com sequelas” afirma o presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES) do Rio Grande do Sul, Claudio Augustin, ao relembrar que esteve internado entre dezembro de 2020 e agosto de 2021, vítima da Covid-19.
“A pandemia não atingiu igualmente a toda a população. Precisávamos considerar as condições sociais e insuficiências de políticas sociais para permitir que trabalhadores informais ou das periferias ficassem em casa. Não houve o menor tipo de proteção neste sentido”, avalia Maria Juliana Moura Corrêa, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde.
O fortalecimento da atenção básica, investimentos em projetos de pesquisa sobre covid longa, uma política de readaptação e proteção social para trabalhadores e trabalhadoras e estratégias para recuperação pelos prejuízos pedagógicos e psicossociais também estão entre as necessidades apontadas pelos participantes do encontro. “Precisamos reverter tudo que foi causado de dor neste último período”, afirma o presidente do CNS, Fernando Pigatto.
Ascom CNS