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Vacinação, combate a desinformação e atenção à Covid Longa estão entre as prioridades discutidas na CT para Acompanhamento da Covid-19 do CNS
Fotos: CNS
A necessidade de se intensificar a vacinação contra a Covid-19, de promover uma ampla e eficaz campanha de comunicação sobre a importância da vacinação, além de definir uma estratégia para acompanhamento e monitoramento de pessoas que sofrem com a sequelas da doença - a Covid Longa -, foram os principais pontos abordados durante a 5ª Reunião da Câmara Técnica para Acompanhamento da Covid-19 (Ctac) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada nesta quinta (09/02).
Esta foi a primeira reunião da CTAC/CNS com a participação de integrantes do recém-empossado Governo Federal, com objetivo de promover um diálogo com o Ministério da Saúde, Conass e Conasems para traçar um diagnóstico sobre a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil.
Os dados sobre o número de pessoas que ainda não foram vacinadas reforçam a necessidade de respostas às preocupações levantadas. O total de pessoas não vacinadas no Brasil, ou seja, sem nenhuma dose contra a Covid-19, ainda é elevado e engloba 26 milhões de pessoas, conforme dados do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
O assessor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Thiago da Costa, destacou que entre as ações prioritárias do Ministério da Saúde estão a regularização dos estoques de vacina para o público pediátrico, vacinação de reforço com bivalente para os grupos prioritários, além do lançamento de campanha de comunicação sobre imunização a ser lançada em brevemente.
Thiago da Costa, relembrou que o Ministério comprou 50 milhões de doses adicionais da vacina para a Covid-19. Também informou que na primeira fase serão vacinados idosos com mais de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
Os conselheiros que compõem a CTAC/CNS destacaram alguns apontamentos durante a reunião: pensar em uma campanha de comunicação que tenha como foco restabelecer a credibilidade na vacinação; a necessidade de ter dados sobre os impactos da pandemia na população de rua e colocá-la entre os grupos prioritários. A conselheira nacional de saúde.
Vitória Bernardes, representante da Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), ressaltou a importância de se estabelecer uma estratégia de acompanhamento do pós-covid. "Muitas pessoas ficaram com sequelas e algumas delas, possivelmente, se tornaram pessoas com deficiência.”, destacou.
O presidente do CNS, Fernando Pigatto, destacou a produção de notas técnicas e recomendações sugeridas no último período. “É importante o resgate do que fazemos e precisamos aproveitar esses posicionamentos e ações. Não é à toa que chegamos a esta 5ª Reunião desta Câmara Técnica, com uma produção tão qualificada. Nós estamos aqui para dialogar e construir conjuntamente”, destacou ao afirmar que é necessário aproveitar o que é estratégico, como a realização da 17ª Conferência Nacional de Saúde, cujo deliberações devem ser contempladas no próximo ciclo de planejamento da União e servir de subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual de 2024- 2027.
O Diretor de Programa da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), Mauro Sanches, também ressaltou a importância do trabalho conjunto. “Este não é apenas um espaço de escuta, é uma construção conjunta”.
O Secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Jurandir Frutuoso, destacou alguns caminhos a serem seguidos, como a necessidade de se restabelecer o pacto federativo do SUS, ampliar a estratégia de saúde digital e reforçar equipes de vigilância em saúde.
Ascom CNS