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Ato público pela defesa do Cuidado em Liberdade celebra Reforma Psiquiátrica brasileira
Foto: CNS
A Torre de TV de Brasília recebeu na manhã desta quarta-feira (13/12), o Ato público pela defesa do Cuidado em Liberdade. O ato integrou a programação da 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental Domingos Sávio e reuniu usuários e trabalhadores de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de todo o país, além de representantes de entidades como o Movimento de Reintegração dos Acometidos pela Hanseníase (Morhan), Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, Federação Nacional dos Enfermeiros, Conselho Federal de Psicologia, União Brasileira de Mulheres, Coletivo Ivone Lara, entre inúmeros outros.
Assim como em outras atividades oficiais da 5ª CNSM, que evidenciam e dão luz às pessoas usuárias da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), o ato também foi palco para demandas e manifestações urgentes sobre a implantação da Política Nacional de Saúde Mental nos territórios.
A convergência entre participantes tão plurais do ato se dá em dois pontos principais: a luta manicomial e a defesa pelo cuidado em liberdade. Laura Dias, integrante do Movimento Nacional de População de Rua (MNPR), dá o tom da manifestação ao reforçar: “Chega de enxergar só a droga. Ninguém pergunta os motivos que te levaram até ela. Reivindicamos redução de danos, pois assim veremos o sujeito, e não somente a droga”, decreta a manifestante, que viveu por 20 anos sobre uso abusivo de álcool.
Marisa Helena Alves, coordenadora geral-adjunta da 5ª CNSM, aponta que após momentos de retrocessos e desmonte da saúde mental, a conferência retornou após mais de uma década com propostas efetivas que superem os atrasos. “A Saúde mental deve ser construída na luta da reforma psiquiátrica. Para nós, esta conferência deve propor a política que precisamos para que efetivamente a gente se fortaleça quanto aos retrocessos”, declarou.
A 5ª CNSM Domingos Sávio é realizada até esta quinta-feira (14/12), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) e nesta edição traz o tema “A política de Saúde Mental como Direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços de atenção psicossocial no SUS”.