Notícias
CNS
Especialistas e conselheiros buscam estratégias para fortalecimento da participação social na saúde na América Latina
Foto: CNS
Neste domingo (20/11) aconteceu o Seminário Internacional Experiências e Modelos de Participação em Saúde na América Latina e Caribe, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), em parceria com o Centro de Educação e Assessoramento Popular (Ceap) e a Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS). A atividade fez parte do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), que acontece em Salvador (BA) até a próxima quinta (24/11).
O objetivo do seminário Internacional foi interligar frentes de pesquisa, de maneira que a produção sobre participação social na saúde nas Américas pudesse ser compartilhada e potencializada, por meio de fortalecimento de redes de pesquisa e troca de experiências. O evento também buscou identificar problemas práticos, metodológicos e teóricos comuns aos diferentes contextos nacionais, assim como soluções concretas para questões levantadas.
João Arriscado Nunes, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, apresentou as diferenças dos conselhos de Saúde da Europa, em especial na questão da efetividade e ponto de vista decisório. "A experiência do controle social no Brasil é um exemplo, nós temos aprendidos muito com isso. Em um momento em que o sistema de saúde e a legitimação da democracia está sobre ataque. Saudamos o Brasil por toda a sua luta e defesa do controle social”, afirmou.
Fernando Pigatto, presidente do CNS, ressaltou que a experiência do Controle Social da saúde no Brasil merece ser compartilhada com outros países, assim como experiências de fora podem contribuir no aprimoramento do Sistema Único de Saúde. “Nós sabemos o quanto a prática do Controle Social é desafiante, especialmente na América Latina. Precisamos construir relações para fortalecimento mútuo.”
Já Ernesto Báscolo, representante da América Latina de Governança, Liderança, Políticas e Planejamento em Saúde da Opas/OMS, falou da institucionalização da participação social para governança e garantia do direito à saúde. “A participação social é um fator chave para a implementação de políticas de saúde. Esse é um mecanismo de autonomia que precisa de sustentabilidade, garantindo estruturas e espaços para inclusão da voz da população na tomada de decisão” comentou.
Fernanda Magano, conselheira nacional de saúde, destacou as semelhanças na atenção à saúde nos diversos modelos na América Latina. “Precisamos definir pautas conjuntas para superação de problemas comuns.”
A programação do seminário ainda incluiu as mesas redondas “Participação e Sistema Universais de Saúde” e “Histórico e desenvolvimento das experiências e arranjos institucionais de participação em saúde na América Latina”, além da apresentação do Laboratório Latino-Americano de Práticas de Participação Social em Saúde.