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336ª RO: Política de saúde para pessoas em situação de rua é cada vez mais urgente
Publicado em
11/11/2022 00h00
Atualizado em
06/09/2024 14h44
Foto: CNS
O estabelecimento de uma política de saúde eficaz para a população em situação de rua tem de ser tratada como prioridade, ainda mais neste contexto de agravamento da vulnerabilidade social e do aumento do número de pessoas nesta situação. Esse foi o destaque das discussões realizadas durante a 336ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), nesta quarta (9/10), na mesa sobre as práticas na atenção primária em saúde da população em situação de rua no contexto da Pandemia da COVID-19 (COMPAPS).
“A ausência de dados atualizados sobre o número desta população no Brasil, dificultou a criação de estratégias e de ações de vacinação, bem como do combate à fake news, que também chegaram à essa população durante a Pandemia da COVID-19 ”, ressaltou Márcia Muchagata, pesquisadora da Fiocruz Brasilia/DF.
De acordo com Tannira Bueno, representante da Coordenação de Saúde das Populações Específicas, em dezembro de 2022 haviam 317 mil pessoas cadastradas no Consultório na Rua – eCR, conforme dados extraídos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab).
O conselheiro nacional de saúde representante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Vanilson Torres, chamou a atenção para a distância destes dados para a realidade e da subnotificação referente a este grupo populacional.
“Os dados não chegaram à nossas vidas, para a realidade. O governo federal distribui políticas públicas e tentou acabar com o controle social. Houve negligência do Estado.”. Ele ainda questionou se está ocorrendo credenciamento de novas equipes do Consultório de Rua e apoio financeiro.