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“Se não fosse o SUS…”: Documentário do CNS retrata potência do sistema no enfrentamento à pandemia
Foto: CNS
O Conselho Nacional da Saúde (CNS) lançou, nesta quinta-feira (27/01), o documentário “Se não Fosse o SUS…”. Produzido e dirigido pelo cineasta Guilherme Castro, o filme destaca a relevância e o protagonismo do Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos dois anos, ao retratar o cotidiano dos serviços de saúde e o dia a dia do Controle Social no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
O registro e a análise da crise sanitária a partir de cenas em Unidade Básicas de Saúde (UBS), com vivências de trabalhadores e usuários do SUS em seus territórios, e o olhar dos integrantes de Conselhos de Saúde, contrastam com o negacionismo e a falta de coordenação central no controle e combate à doença, que já provocou mais de 625 mil mortes no Brasil.
Realizado pelo CNS, em parceria com o Centro de Educação e Assessoramento Popular (Ceap) e com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), o filme traz a essência e o sucesso do SUS, responsável por cuidar e salvar centenas de milhares de vidas durante a maior crise sanitária instalada no país, desde a criação do sistema público de saúde brasileiro, em 1988.
“Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis e importantes da vida no nosso país. É um momento de luto e de luta, mas é também um momento de esperançar e de celebrar a vida de milhões de brasileiros e brasileiras que tiveram as suas vidas salvas pelo Sistema Único de Saúde”, afirma o presidente do CNS, Fernando Pigatto.
“Apesar do luto coletivo, é preciso marcar em letras muito grandes que somente foi possível responder à pandemia porque nós temos o SUS. Ele está vivo e não apenas nas ações de vigilância”, completa o representante da Opas no Brasil Fernando Lelli.
Excelência, cuidado e coragem
A excelência e sensibilidade dos profissionais de saúde, o trabalho e cuidado do Controle Social para garantir que vidas fossem salvas durante o caos sanitário, político e social instalado no nosso país, os depoimentos que resgatam a resistência e luta dos militantes da saúde, ao lado da firmeza, força e coragem do povo brasileiro estão retratados nos 24 minutos de duração do documentário.
Para a conselheira nacional de saúde Ana Lúcia Paduelo, que integra a mesa diretora do CNS, o registro é emocionante. “É inacreditável que a gente construiu toda essa luta e escancarou tantas diferenças. Que conseguimos que o SUS fosse visibilizado e que as pessoas passassem a defender o SUS junto conosco. Elas passaram a entender que sem o SUS, não teria saída”, avalia.
“Após assistirmos o documentário ficamos pensando, de fato, se não fosse o SUS, o que seria do nosso povo brasileiro? Esse filme nos mostra um pouco a potência do nosso sistema de saúde e da política pública mais importante do nosso país”, afirma a conselheira nacional de saúde Sueli Barrios.
Segundo o cineasta, é fundamental apresentar o debate do Controle Social na Saúde com a sociedade, pois “não se trata apenas do SUS, o que está em questão é a democracia e educação política e a capilaridade que tem esse processo”, avalia Guilherme. “Revisitar este tema Controle Social, da atenção básica dos modelos de saúde e das disputas que estão em torno disso é, para mim e para a minha equipe, sensacional”, completa ao citar as produções de audiovisual realizadas anteriores: “Saúde”, em 2017 e “SUS em Defesa da Vida”, em 2020.
Fortalecimento
A produção do documentário do CNS integra as ações do projeto de Formação para o Controle Social no SUS, desenvolvido pela Comissão Nacional de Educação Permanente do CNS e realizado em parceria com o Ceap.
Com a iniciativa, o filme soma-se às diversas oficinas de formação que já foram realizadas para capacitar conselheiros e conselheiras de saúde e lideranças de movimentos sociais, com o objetivo de fortalecer a defesa do sistema e multiplicar os esforços para garantir a saúde como direito humano para toda a população.
“Nós dedicamos este audiovisual a todas as vítimas e familiares que foram atingidos pela triste pandemia no Brasil e no mundo, aos profissionais de saúde que, mais uma vez, realizam todo esforço para que os cuidados da saúde sejam feitos e aos militantes do SUS, que estão construindo este sistema há vários anos e se mantém firmes na resistência”, afirma o diretor do Ceap, Valdevir Both.
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Ascom CNS