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CNS recomenda que Ministério da Saúde mantenha vacinação em adolescentes de 12 a 17 anos
Foto: CHROMORANGE/Mathias Stolt/EBC
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou nesta sexta (17/09) recomendação para que o Ministério da Saúde mantenha a vacinação de todos os adolescentes de 12 a 17 anos no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 para toda a população brasileira. O documento do CNS é publicado após a pasta da Saúde suspender a vacinação para este segmento populacional.
A recomendação do CNS considera a Nota Informativa, publicada no dia 15 de setembro, pelo Ministério da Saúde, que revisa a recomendação para imunização em adolescentes de 12 a 17 anos, suspendendo a necessidade de vacinação do grupo após rumores de que haveria ocorrido uma morte de um jovem vacinado com a Pfizer. Até o momento, não há qualquer comprovação de relação da morte do jovem com a vacina contra a Covid-19. O ministro de Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ontem que a suspensão é “por cautela”.
Porém, de acordo com o documento do CNS, a vacinação, “além de ser a melhor evidência para que seja conferida a redução de casos e óbitos decorrentes da Covid-19, e de ser um direito da população brasileira, ainda não atingiu o alcance necessário para uma situação epidemiológica controlada”. O documento do controle social também alerta que “apesar da curva desses casos e óbitos estarem em decréscimo, a taxa de transmissibilidade ainda é elevada em vários locais do país, principalmente em virtude do surgimento de novas variantes do vírus”.
De acordo com nova Nota Informativa, publicada em 16 de setembro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos”.
O documento da Anvisa também informa que “todas as vacinas autorizadas no Brasil são monitoradas constantemente a partir da notificação de efeitos adversos e, até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas. Ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”.
Anvisa informou ainda que a aprovação do uso da vacina da Pfizer em adolescentes levou em consideração estudo com 1.972 pessoas nessa faixa etária, com eficácia de 100% nos grupos avaliados.
Vacinar adolescentes é fundamental
Segundo Artur Custódio, coordenador da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde, do CNS, a medida do Ministério da Saúde diminui a confiabilidade no Programa Nacional de Imunizações. “Não há critérios científicos nessa decisão do Ministério da Saúde. Temos que aumentar a cobertura vacinal. A vacina mostrou a que veio. A desaceleração da pandemia do Brasil mostra o efeito da vacina. É fundamental para a questão das escolas, das pessoas que moram com idosos, que a gente vacine os adolescentes”, concluiu.
Ascom CNS