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CNS participará de ato que marca adesão do Amazonas à campanha global que pede atenção à hanseníase em meio à pandemia
Foto: Prefeitura de Manaus
O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela Hanseníase (Morhan) assina junto ao Morhan estadual do Amazonas, a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SES-AM), a Fundação Alfredo da Matta (Fuam) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) um termo de cooperação para atuarem em parceria na campanha global Não Esqueça da Hanseníase, idealizada pelo Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa. O evento acontece de forma presencial, às 11 horas da manhã do dia 28 de setembro, terça-feira, no Hospital Alfredo da Matta, localizado na Avenida Codajás, número 24, no bairro Cachoeirinha, em Manaus/AM.
A atividade contará com a presença do coordenador nacional do Morhan e conselheiro nacional de saúde, Artur Custódio, vindo do Rio de Janeiro; da coordenadora e do vice coordenador do Morhan Estadual do Amazonas, Kátia Regina Pereira de Souza e Pedro Borges da Silva; do presidente do CNS Fernando Pigatto, da mesa diretora do Conselho; do secretário de saúde do Amazonas Anwar Saad, que será a primeira secretaria estadual a aderir à campanha; e da Miss Brasil Mundo 2021 Carolina Teixeira, que é embaixadora da causa no país.
Após o evento, o coordenador nacional do Morhan Artur Custódio e a Miss Brasil Mundo 2021 Carolina Teixeira seguem para uma visita na antiga colônia para pessoas atingidas pela hanseníase de Antônio Aleixo, ainda em Manaus. Na quinta (29) viajam juntos para Paricatuba e na sexta (30), participam em Lábrea do lançamento do dia municipal de enfrentamento da hanseníase na cidade.
Com a assinatura do termo, as entidades se comprometem a: promover a conscientização sobre a hanseníase e combater a discriminação sofrida pelas pessoas afetadas pela doença, contribuindo assim para sua eliminação no Brasil; divulgar a parceria junto aos seus colaboradores, fornecedores e veículos de comunicação das entidades, redes sociais e outras formas de contato com a população, utilizando a logo marca e tema da campanha;
empenho na organização conjunta de eventos e atividades de interesse mútuo; e participar das atividades e eventos realizados pelas entidades, bem como buscar envolver os órgãos do controle social.
A campanha e o agravamento do cenário da hanseníase no país
‘Não Esqueça da Hanseníase’ (Don’t Forget Hansen’s Disease) é o mote da campanha global do embaixador da boa vontade da OMS, Yohei Sasakawa, para que os governos, as organizações e as pessoas não esqueçam da hanseníase em meio à crise da pandemia do covid-19. O Brasil já apresenta consequências preocupantes deste cenário: o diagnóstico de novos casos da doença no país foi reduzido à metade entre 2019 e 2020, segundo dados do Boletim do Ministério da Saúde. O estado do Amazonas seguiu a tendência e apresentou uma redução de 51% na identificação de novos casos – de 407 (2019) para 197 (2020). Essa diminuição do número de casos significa que, por conta da paralisação de políticas públicas de busca ativa de casos e das dificuldades de acesso aos serviços de saúde impostas pela pandemia (e pela gestão da pandemia no Brasil), novos casos deixaram de ser registrados e, assim, pessoas que deveriam estar em tratamento não contaram ainda sequer com o diagnóstico
Estes casos não notificados nesse período correm risco de desenvolver um quadro de sequelas físicas irreversíveis. O tratamento e diagnóstico oportunos impedem o desenvolvimento de lesões na pele mais graves e o aparecimento ou a piora de incapacidades físicas, e também quebram a cadeia de transmissão, já que os pacientes em tratamento não transmitem a doença. Por isso, mais do que nunca, a conscientização e a mobilização para que os governos e as pessoas não se esqueçam da hanseníase são fundamentais.
Saiba mais
Hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos. Com o tratamento adequado, a partir da medicação e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde de todo país, a doença tem cura. A transmissão se dá pelo contato próximo e prolongado com pessoas sem tratamento afetadas pela doença na sua forma multibacilar. A partir do início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível. São sinais e sintomas da doença: Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade à dor, térmica e tátil; sensação de fisgada e formigamento ao longo do trajeto dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; pele seca; inchaço nas mãos e nos pés; inchaço e dor nas articulações; redução da força muscular nos locais em que os nervos foram afetados; dor e espessamento dos nervos periféricos; caroços no corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral; feridas nas pernas e nos pés; e, nódulos avermelhados e/ou doloridos espalhados pelo corpo.
Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108
Fonte: Morhan