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Projeto do CNS, ENF, Opas e Fiocruz capacita mil lideranças, criando rede de defensores do SUS
Foto: CNS
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Escola Nacional de Farmacêuticos (ENF) capacitaram cerca de mil lideranças, municipais e estaduais, e militantes do movimento de saúde, para atuar no cenário da vigilância e atenção à saúde, ciência, tecnologia e assistência farmacêutica.
O Projeto Integra, desenvolvido em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), aconteceu em diferentes fases, com aulas totalmente online e integrativas.
Com uma metodologia inclusiva e discussões a partir da vivência das pessoas, as aulas ocorreram através da plataforma virtual Moodle, com grande incentivo à cooperação entre os participantes. Os materiais educacionais proporcionaram uma abordagem contextualizada e interdisciplinar dos conteúdos e ajudaram a pensar e implementar ações políticas em conjunto.
“A procura foi muito além do que esperávamos e as pessoas participaram efetivamente, numa grande troca de experiências e conhecimentos, e perceberam uma mudança de práticas no dia a dia. Isso é muito importante e nos traz a certeza de que acertamos com essa proposta, que fortalece o SUS e a participação do controle social”, afirma a coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf) do CNS, Débora Melecchi.
Entre os temas abordados nas aulas integrativas estão, direito à saúde, princípios, diretrizes e gestão do SUS, formulação de leis no Brasil e produção nacional e barreiras de acesso aos medicamentos. O projeto também visa contribuir para que, em eventuais situações de pandemias, haja um melhor nível de preparação dos diversos setores da sociedade, além de consolidar a credibilidade social na ciência, na participação social e nas políticas públicas de saúde.
A primeira avaliação do projeto, apresentada pelos organizadores para a mesa diretora do CNS, nesta quinta-feira (18/11), indica que os participantes melhoraram a capacidade de comunicação com diferentes setores da sociedade e ampliaram a rede de relações e de colaboração em suas regiões. Eles também apontaram que as aulas estimularam a capacidade de promover o engajamento social em prol de uma temática.
“Não é um projeto-palestra, ele se desenvolve a partir de experiências nos territórios, baseado em evidências”, afirma a coordenadora da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite. “Daqui a seis meses faremos uma nova avaliação com os participantes, para avaliar o impacto, o engajamento e as consequências da formação a longo prazo”, completa.
Além das aulas integrativas, a primeira fase também contou com a realização de palestras e seminários, transmitidos ao vivo pelas redes sociais do CNS e ENF. A segunda fase está prevista para no ano que vem, com encontros presenciais preparatórios para o 9º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica, que será realizado em agosto de 2022.
Após a realização do simpósio, os organizadores devem encerrar o projeto com a elaboração de um relatório que deverá subsidiar o controle social na participação de audiências públicas no Congresso Nacional e em debates com parlamentares, em especial durante o processo eleitoral do ano que vem. Também está prevista a publicação de um livro, que deverá reunir toda a produção técnica do projeto.
Ascom CNS