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CNS e Conselho de Saúde do DF realizam ato em solidariedade às 300 mil vidas perdidas por Covid-19 no Brasil
Foto: CNS
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), junto ao Conselho de Saúde do Distrito Federal, realizou na manhã desta quinta (25/03) um ato simbólico na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Em um grupo pequeno e mantendo as medidas de segurança sanitária, os representantes do CNS e CS/DF se solidarizaram às famílias das 300 mil vidas perdidas vítimas da Covid-19. Os representantes do Controle Social na saúde cobraram ações efetivas do governo, que vem negligenciando a pandemia.
Em nota, o CNS se manifestou. “Pessoas de todas as idades vieram a óbito fruto da irresponsabilidade do governo federal que, mesmo um ano após a pandemia, segue em um cenário de negacionismo e incertezas, causando dor e sofrimento a uma população historicamente conhecida pela braveza e alegria de viver, resistindo em um país com tantos desafios sociais”.
Para Fernando Pigatto, presidente do CNS, que acompanhou o ato à distância, é necessário firmar um pacto de união nacional que inclua o controle social, a comunidade científica e as lideranças políticas de todos os partidos, para que seja possível reverter a situação atual.
“Precisamos de R$ 168,7 bilhões para o SUS em 2021. Precisamos de vacinação para todos e todas, de auxílio emergencial de no mínimo R$600 e de uma coordenação nacional. Desde que começou a pandemia, vemos a desorganização do governo para gerir as ações de saúde pública, colocando nas costas dos estados e municípios a responsabilidade para administrar o caos. O Estado precisa ser responsabilizado pelos crimes que está cometendo. Em memória das mais de 300 mil vidas perdidas estamos de luto e na luta”, disse.
O valor mencionado por Pigatto é fruto da soma do piso de 2020 para a Saúde mais a verba emergencial da pandemia, uma demanda em monitoramento e análise perene feita pela Comissão de Orçamento e Financiamento do CNS.
Jeovânia Rodrigues, presidenta do Conselho de Saúde do DF afirmou que “o sentimento é de dor e de pesar por essas perdas. Esse cortejo simboliza o luto de um volume inimaginável de pessoas que foram embora. Muitas dessas mortes eram evitáveis se tivéssemos postura e conduta articulada no governo federal. Há um profundo negacionismo que é a marca de tantas perdas para Covid em todo o Brasil”, criticou.
Dayse Amarilio, presidenta do sindicato dos enfermeiros do DF, lembrou da situação dos profissionais de saúde. “A situação que meus colegas estão vivendo está cada vez mais difícil. Esse ato buscou trazer o luto de pesar e de tristeza, mas também o luto como lutadores que somos para que tenhamos um país melhor diante desse cenário sem liderança. O país são pessoas. E podemos fazer o Brasil ficar melhor”. Representantes do Sindicato dos Odontologistas do DF também participaram do ato.
Ascom CNS