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Presidente do CNS participa de lançamento do Relatório Direito Humano à Saúde 2020
Foto: Governo do Estado do Ceará
O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, participou na última quarta (2/06), do lançamento do Relatório Direito Humano à Saúde 2020 e do Seminário “O Direito à Saúde no Contexto da Covid-19”.
O relatório é lançado anualmente, por meio do Centro de Educação e Assessoramento Popular (Ceap). Ao todo, o relatório destaca 17 temas, como Saúde da População Negra, Saúde do Idoso, Saúde nas Comunidades Rurais, Saúde da Mulher, Saúde do Trabalhador, entre outros.
Neste ano, devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, a apresentação do trabalho foi realizada de forma virtual, por meio de uma live, que reuniu representantes de diversas entidades e movimentos sociais. Para Pigatto, o relatório ganha um carimbo ainda mais especial devido às dificuldades no acesso ao direitos à saúde ampliadas pela Covid-19.
“Estamos num dos piores momentos da humanidade, onde os direitos humanos em todos os sentidos estão sendo atacados, inclusive o direito à saúde. Os países ricos têm direito à vacina e os pobres não têm”, disse ele.
Pigatto reforçou que, parte das dificuldades enfrentadas pela população brasileira, no que diz respeito ao acesso a vacinas, é resultado de uma inércia do governo federal.
“Não temos governo. Nós teríamos vacinado todos os grupos prioritários caso não tivéssemos um governo genocida como o brasileiro. Estrangular o Sistema Único de Saúde (SUS) faz parte da estratégia deles. Não é à toa que temos esse resultado nefasto da pandemia do Brasil”, afirmou o presidente do CNS.
O documento Relatório Direito Humano à Saúde 2020 foi elaborado com base em entrevistas, com o objetivo de contribuir para o fortalecimento do SUS e dos direitos humanos da saúde. A diretora-geral do Ceap, Elenice Pastore, destacou que o documento será disponibilizado para as organizações que atuam no tema.
“O relatório que o Ceap tem feito anualmente, talvez, mais do que nunca, transforme-se em uma ferramenta para fortalecer a luta pelo SUS aqui no Brasil, assim como uma luta para denunciar governos, em especial os negacionistas, como o do Brasil, que em meio à pandemia não desenvolve ações contra a doença”, destacou.
Conceição Silva, conselheira nacional de Saúde representante da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), também participou do evento.
Ascom CNS