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CNS assina carta contra mercantilização da vacina
Foto: Tetra imagens
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) assinou nesta terça-feira (05/01) a carta Vacinar no SUS é um direito de todas e todos e um dever do Estado. O documento foi lançado pela Frente pela Vida após o anúncio feito no domingo (03/01), pela Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas, que clínicas privadas negociam a importação de 5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 em desenvolvimento na Índia pelo laboratório Bharat Biotech.
Para a Frente pela Vida, espaço que reúne diversas entidades em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), entre elas o Conselho Nacional de Saúde, a mercantilização da vacina não pode ser tolerada e é fundamental concentrar esforços na luta pela vacinação com equidade, que além de garantir a justiça social também é requisito para o esperado controle da pandemia.
O documento destaca que “numa sociedade como a nossa, marcada por grotescas desigualdades sociais, é moralmente inaceitável que a capacidade de pagar seja critério para acesso preferencial à vacinação contra a Covid-19. Caso isso ocorra, uma fila com base em riscos de se infectar, adoecer e morrer será desmontada. É inadmissível, portanto, permitir que pessoas com dinheiro pulem a fila de vacinação por meio da compra de vacinas em clínicas privadas”.
Diversos países em todo o mundo têm definido um modelo de prioridades para a implementação da campanha de vacinação com base em critérios epidemiológicos e de vulnerabilidade social.
“Somente o SUS, por intermédio do Programa Nacional de Imunização (PNI), poderá garantir a vacinação de toda a população brasileira com base nesses critérios. Seringas, agulhas, insumos de biossegurança e adequada logística e competência são necessárias para atingirmos este objetivo”, aponta o documento que também destaca as “consequências nefastas da venda de vacinas contra a Covid-19 por clínicas privadas”.
Ascom CNS