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#MarchaPelaVida: atingidos pela hanseníase pedem para “existir com dignidade” em ato online
Foto: CNS
Diante de mais de 30 mil mortes oficiais decorrentes da Covid-19 e dos inúmeros problemas sanitários e sociais provocados pela disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em todo o país, entidades reúnem esforços para propor ações efetivas e uma resposta à pandemia. Representações da sociedade civil da Saúde; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicação; Educação; Políticas Públicas, entre outras áreas, realizam a Marcha pela Vida, que acontecerá no dia 9 de junho. Um dos atos integrantes da programação é promovido pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que vai reunir online cerca de 200 voluntários do movimento de todo o país, artistas, ativistas e parlamentares.
Na pauta de reivindicações está a preocupação com a desassistência às pessoas diagnosticadas com a doença e o agravamento da subnotificação de casos, também como consequências da pandemia de Covid-19. “A hanseníase já é uma doença negligenciada no Brasil, tanto em relação às políticas públicas como em visibilidade. E o resultado é que somos o país campeão em incidência da doença no mundo”, lembra o coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio.
Pandemia está dificultando o diagnóstico de hanseníase
O movimento está preocupado com o aumento das desigualdades sociais que afetam diretamente as pessoas afetadas pela hanseníase, e também com o subdiagnóstico de casos, que se soma ao problema da subnotificação, fato vem sendo denunciado há anos pelo Morhan, o que pode tornar ainda mais drástica a situação da hanseníase no Brasil.
“Dados preliminares do Ministério da Saúde mostram que tivemos 27.850 casos novos diagnosticados em 2019, sendo 1.550 casos em menores de 15 anos. Em 2020, até agora foram apenas 6.005 novos casos registrados, o que aponta muito abertamente para o subdiagnóstico”, afirma Custódio.
O ato
O ato Existir com Dignidade vai reivindicar atenção a esta situação e políticas públicas de garantia dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase, além de reparação de violações históricas, como a separação de famílias ocorrida durante o isolamento compulsório até os anos 1980. A atividade também é alusiva aos 39 anos do Morhan. A manifestação será realizada por meio da plataforma zoom e será transmitida ao vivo às 18 horas do dia 9 de junho, na página do facebook do movimento: facebook.com/Morhan.Nacional
A Marcha Pela Vida
Essa será uma das atividades da Marcha pela Vida, que concentrará diversas manifestações virtuais da manhã à noite do dia 9 de junho, apontando a necessidade de ações coordenadas e em diálogo com a sociedade civil para uma resposta científica e humana à pandemia. Além desse primeiro dia de atividades, a Frente Pela Vida, organizadora do evento, irá elaborar documentos e posicionamentos coletivos que apontem caminhos para a produção e promoção de políticas públicas, coerentes e necessárias ao momento da epidemia no país.
A Frente e a Marcha pela Vida envolvem inúmeras entidades além do Morhan, como a Sociedade Brasileira de Bioética – SBB, o Conselho Nacional de Saúde – CNS, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, a Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência – SBPC, o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – CEBES, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a Associação Brasileira de Imprensa e a Rede Unida, entre outras.
Mais informações
O quê? Ato “Existir com Dignidade”, dentro da programação da Marcha Pela Vida
Quando? 9 de junho às 18h
Acesse o local
Contato: (11) 999799650
Outras informações