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CNS debaterá o impacto da pandemia na população negra, nesta quarta, 17
Foto: CNS
A pandemia do Novo Coronavírus já matou mais de 40 mil pessoas no Brasil. As populações negras são mais vulnerabilizadas com relação à Covid-19 em comparação a pessoas brancas. Um Estudo do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde da PUC-Rio revelou que 71,31% de pessoas pretas e pardas, com baixa escolaridade, chegam a óbito; enquanto o óbito de pessoas com nível superior é de 22%. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) vai realizar nesta quarta (17/06), às 17h, um encontro online transmitido pelo youtube e pelo facebook para debater o tema.
Segundo a pesquisa, esse fenômeno é decorrente da desigualdade social que as populações preta e parda estão submetidas, dificultando o acesso às políticas públicas. O encontro marca a quinta edição da reunião aberta e ampliada do Comitê para Enfrentamento à Covid-19 CNS. Para a atividade, foi convidada Mariah Fernandes, representante da coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). O Encontro será mediado por Altamira Simões dos Santos de Souza, conselheira nacional de Saúde, representante da Rede Nacional Lai Lai Apejo – Saúde da População Negra e Aids.
Também participarão da atividade, questionando a convidada sobre o tema, o conselheiro nacional de Saúde pelo Movimento Nacional População em Situação de Rua (MNPR), Vanilson Torres, representando o segmento de usuários(as); a conselheira nacional de Saúde pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos-Administrativos das Instituições de Ensino Superior Pública do Brasil (Fasubra), Jupiara Gonçalves de Castro, representando o segmento de trabalhadores(as); e o Vice presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Pará (Cosems) e secretário Municipal de Saúde de Cametá (Pará), Charles Tocantins, representante do segmento de gestores(as)/prestadores(as).
O CNS tem se manifestado por meio de artigos e recomendações pela urgência da luta antirracista e por melhores condições para enfrentamento da pandemia no contexto das populações mais vulnerabilizadas. Como é o caso da recomendação nº 29, que trata do combate ao racismo estrutural e institucional nos serviços de saúde, diante da Covid-19. O documento destaca que “a atuação dos profissionais de serviços de atenção à saúde, incluindo gestores e prestadores, deve ser realizada de maneira antirracista em todo o manejo com os pacientes em situação de vulnerabilidade”.
Além disso, na Carta Aberta voltada às autoridades brasileiras, o Conselho pede garantias de proteção a trabalhadores(as) do mercado informal, subempregados(as) e desempregados(as) ou qualquer outro segmento vulnerabilizado e em risco como, por exemplo, às populações negras e indígenas.
Mais informações
O quê? Encontro online do Comitê para Acompanhamento da Covid-19 do CNS
Quando? quarta-feira (17/06), às 17h
Onde? Canais do CNS no youtube e facebook.
Como? acessar os canais no dia e horário marcado
Ascom CNS