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Unir para fortalecer: CNS apoia movimento sindical na Saúde frente a retrocessos no SUS
Foto: CNS
Desde 2016, os sindicatos brasileiros, que representam inúmeras categorias profissionais, vêm passando por dificuldades provocadas por políticas e medidas que têm resultado em agravos à Saúde da população trabalhadora no Brasil. Nesse contexto, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, participou do lançamento da galeria de ex-presidentes e presidentas do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS), que reforça a memória e a luta por melhores condições trabalhistas.
O sindicato representa mais de 70 mil trabalhadores e trabalhadoras da área da Saúde, que não possuem sindicato próprio, sendo considerado um dos mais antigos do Brasil, com data de fundação em 31 de janeiro de 1945. Ao longo das mais de sete décadas, o espaço defendeu interesses coletivos de técnicos de enfermagem e demais empregados de hospitais e clínicas, laboratórios, geriatrias, consultórios médicos, pet shops, aposentados da área da Saúde, dentre outros.
De acordo com Pigattto, a luta do controle social na Saúde está associada à luta dos sindicatos. “Estamos vendo o espírito de unidade dos sindicatos nesse momento da história, onde precisamos lutar, resistir e reforçar os laços de solidariedade entre nós. Estamos aqui na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, mas também da qualificação dos serviços em Saúde para a comunidade”, disse o presidente.
Eni Bahia, presidenta do Sindisaúde-RS de 1985 a 1990, alertou para o momento delicado que vivemos. “Estamos num período dificílimo. Se as pessoas não se mobilizarem, vamos perder não só os trabalhos, mas o próprio Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou. Segundo Marilene Schlee, presidenta do Sindisaúde-RS entre 1998 e 2004, a luta dos sindicatos é em defesa dos direitos humanos e da vida. “Reconhecemos a importância da união para garantirmos os direitos dos trabalhadores da Saúde. A nossa proposta hoje é que a gente possa se fortalecer para continuarmos na luta em defesa da vida”.
Arlindo Ritter, presidente do Sindisaúde entre 2013 e 2019, criticou a situação local na capital gaúcha, mencionando o processo de privatização do SUS, que tem sido recorrente também em outras cidades brasileiras. “Nós buscamos aqui a unidade das diferentes centrais sindicais e categorias. Vivemos uma crise profunda na Atenção Básica de Porto Alegre, com inúmeras privatizações. Não podemos admitir”, disse.
De acordo com Julio Jesien, atual presidente do Sindisaúde na gestão 2019-2022, a ideia do lançamento da galeria é propor a união da luta dos trabalhadores e trabalhadoras ao longo da história. “Passamos por outros momentos difíceis como a ditadura militar. Nós ajudamos a construir a Constituição de 1988, o SUS, os conselhos municipais no Rio Grande do Sul”, afirmou. A galeria ficará exposta na sede do Sindisaúde, na Rua João Guimarães, 37, no bairro Santa Cecília, em Porto Alegre.
Ascom CNS