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“Precisamos cuidar de quem cuida da saúde do povo”, diz conselheiro sobre agentes de saúde
Fotos: CNS
No dia 4 de outubro, o Brasil comemora o Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde. A data, instituída pela Lei nº 11.585/2.000, homenageia os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes de Combate às Endemias (ACE), grupos de profissionais que compõem a equipe multiprofissional nos serviços de atenção básica à saúde. Nesta quinta (03/10), o Conselho Nacional de Saúde (CNS) palestrou sobre Saúde do Trabalhador na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante evento organizado pela Frente Parlamentar em Defesa dos ACS e ACE.
Os agentes de saúde desenvolvem ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, tendo como foco as atividades educativas em saúde, em domicílios e comunidades. Por esse motivo, o conselheiro nacional de saúde Antônio Lacerda, representante do Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), defendeu a categoria profissional. “É importante cuidarmos da saúde dos trabalhadores que cuidam da saúde do povo”.
O conselheiro destacou a luta do CNS em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras no país. Ele frisou a importância da presença de ACS e ACE nas Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (Cistt) nos conselhos municipais e estaduais, além de reafirmar conquistas como a Política Nacional de Saúde do Trabalhador (PNST), instituída em 2002, por meio de portaria do Ministério da Saúde. Lacerda também lembrou os inúmeros acidentes trabalhistas que acontecem diariamente no país, ainda mais em um contexto de fragilização dos direitos da população trabalhadora.
Segundo Ilda Angélica Correa, presidenta da Associação Nacional dos ACS e dos ACE, as condições de trabalho para esta e outras categorias precisam estar asseguradas. “Não podemos permitir o adoecimento de ACS e ACE. Nosso papel é fundamental para fortalecer o controle social e o Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou. O deputado federal Dr. Leonardo também se manifestou. “Este dia é importante para fortalecer nossa mobilização e nossas lutas pela garantia de direitos”, disse.
Acidentes e mortes no trabalho
De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, no Brasil, de 2012 a 2018 foram cerca de 4,5 notificações de acidentes de trabalho. 16,4 mil notificações de mortes. 1,7 milhão de afastamentos acidentários. Estima-se que em 2019 ocorra uma morte no trabalho a cada 3 horas e meia.