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Marielle Franco é homenageada pelo CNS um ano após sua execução
Fotos: CNS
Após um ano de sua execução, Marielle Franco, vereadora mais votada no Rio de Janeiro em 2016, foi homenageada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). Conselheiros e conselheiras iniciaram a 315ª Reunião Ordinária nesta quinta (14/03), em Brasília, reafirmando a luta da ativista, que denunciava a violência contra a população nas periferias e militava em defesa dos Direitos Humanos.
A trajetória de luta de Marielle se assemelha às trajetórias de diversos dos membros do CNS, que dedicam suas vidas ao ativismo social na busca pela garantia de direitos aos brasileiros e brasileiras. Conselheiros lembraram que o crime contra a vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, que também foi assassinado em 14 de março de 2018, tem caráter político.
“Essa reunião é uma homenagem a uma lutadora do povo, executada no mês da mulher. Por isso vamos discutir aqui também os índices de violência e feminicídio no Brasil”, afirmou Fernando Pigatto, presidente do CNS.
Priscilla Viegas, conselheira representante da Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais (Abrato) lembrou que a luta contra esse tipo de violência é de todos: homens e mulheres. “Nossa luta é cotidiana, mas a responsabilidade é de todos nós. Esse fato também foi uma violência contra a democracia”, lembrou.
A conselheira Elaine Pelaez, representante do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e que conhecia a vereadora, também se pronunciou. “Esse assassinato representa a morte de quem denunciava o extermínio da população negra no Rio de Janeiro, é o assassinato de uma militante socialista. Isso não é pouco. É uma data dolorosa, não podemos deixar que outros crimes de ódio aconteçam. Queremos respostas. Quem mandou matar Marielle?”, questionou.
A conselheira Vanja dos Santos, representante da União Brasileira de Mulheres (UBM), lembrou o aumento nos índices de violência contra as mulheres. “Nós somos atacadas em vários ambientes. Esse debate não pode estar descolado dos temas da saúde. A vida de Marielle não foi em vão”, finalizou. Às 14h, o CNS discutirá violência contra as mulheres como questão de saúde pública.
Fonte: Conselho Nacional de Saúde