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16ª Conferência Nacional de Saúde homenageia Neide Rodrigues, secretária executiva do CNS entre 2016 e 2018
Fotos: CNS
Neide Rodrigues será o nome do Espaço de Cuidados destinado a acolher os(as) participantes do evento durante os quatro dias de realização da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), de 4 a 7 de agosto, na capital federal. A homenagem se deve ao destacado papel que ela desempenhou como secretária-executiva do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e defensora do Sistema Único de Saúde (SUS), até março do ano passado, quando morreu, aos 55 anos. Terapia comunitária integrativa, roda de conversa sobre óleos essenciais, reiki, auriculoterapia, dentre outras práticas integrativas na saúde estão previstas no espaço.
A adolescente da periferia de Brasília se transformou em uma firme liderança política nas lutas sociais nacionais. Neide era graduada em Administração pelo Instituto de Educação e Ensino Superior de Samambaia (Iesa), com pós em Bioética pela Universidade de Brasília (UnB). Assumiu a Secretaria-Executiva do CNS em 2016. Até então, atuava na gestão técnica e política do conselho. Seu trabalho cresceu e se consolidou na condução de lutas coletivas em defesa da classe trabalhadora, com especial distinção à sua aguerrida convicção sobre a necessidade de manutenção e aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS) e do controle social das políticas públicas.
Logo que soube de sua morte, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha postou em suas páginas nas redes sociais a sua solidariedade à família. “Como trabalhadora deste país, enfrentou todas as dificuldades para criar seus filhos. Braço forte da família, deixa irmãs e irmãos que terão em seu exemplo muita força e fé”. Neide trabalhou no Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde e no gabinete de Padilha.
A frente do CNS, além das diversas agendas do conselho, Neide vinha participando de encontros pelo país com o objetivo de compartilhar a sua experiência de âmbito nacional. “É importante fazermos essa aproximação com os estados e municípios. Nosso papel é fundamental para o funcionamento dos conselhos; nós damos encaminhamentos às suas deliberações”, enfatizou ela, avaliando o sentido da representatividade das demandas de todo o país no coletivo de Brasília.
A secretária-executiva deixou três filhos e uma grande rede de amigos e companheiros de militância. “Sua contribuição por uma saúde pública e de qualidade para todos brasileiros e todas as brasileiras continuará reverberando em nossas práticas e desafios em defesa dos direitos da população e do SUS”, afirmaram em nota seus colegas conselheiros por ocasião de sua morte. “Será sempre lembrada como uma mulher firme, que não tinha medo de lutar pelo que acreditava, especialmente com o objetivo de fortalecer a participação social no Brasil”, enfatizou o documento.
Diversas entidades sindicais e do movimento social repercutiram a morte e o trabalho de Neide Rodrigues nas redes sociais. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) enfatizou sua presença em importantes momentos históricos, como na realização das Marchas em Defesa do SUS, da 1ª Conferência Nacional Livre de Comunicação em Saúde, da 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher, da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde e em edições do Fórum Social Mundial. “Sua dedicação foi fundamental na resistência ao desmonte do SUS. Será lembrada por todos e todas nós”, frisou a CUT em sua página na internet.
Ascom CNS