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SVS promove Oficina de Avaliação dos Cerest e 3ª Jornada Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Fotos: CNS
O fortalecimento da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) como integrante das Redes do Sistema Único de Saúde (SUS). Este é o tema central da 3ª Jornada Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora que ocorre nesta terça-feira (17/12) e quarta-feira (18/12), em Brasília. O evento contou com palestras e debates de eixos temáticos, propiciando espaço participativo e democrático para troca de experiências e discussões sobre pontos estratégicos.
Durante a mesa de abertura, que contou com a presença da diretora do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (DAEVS/SVS/MS), representando o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, Daniela Buosi, diretora do Departamento de Saúde Ambiental do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública (DESASTE/SVS/MS), Karla Baêta, coordenadora-geral de Saúde do Trabalhador, Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do CONASS, Alessandro Aldrin Pinheiro Chagas, assessor técnico do CONASEMS, e Geordeci Menezes de Souza, coordenador da Comissão de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cistt), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), ganhou destaque a importância de se discutir e compreender os desafios da saúde do trabalhador, levando em conta a diversidade dos municípios brasileiros.
Após dar boas-vindas aos cerca de 200 participantes, Karla Baêta salientou que é preciso ampliar o debate, ouvir quem está na ponta, e assumir o compromisso de aprimorar a atuação dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) nos estados e municípios. “É fundamental ouvir sugestões e buscar um caminho para termos sempre Cerest atuantes. A rede já existe, precisamos fortalecê-la”.
Promover a interação, integração entre vigilância, assistência e saúde do trabalhador foi considerado prioritário por Sônia Brito. “A vigilância não anda sozinha, está próxima da assistência”, realçou. Para a diretora do DAEVS, os Cerest desenvolvem importantes ações, uma vez que trabalham para prever, prevenir e promover a saúde. “Precisamos repensar processos de trabalho, para que possamos avançar sempre na garantia do acesso da população aos serviços de saúde”.
Daniela Buosi lembrou que todos somos trabalhadores e que as doenças estão cada vez mais graves. “Segundo a OMS, em 2030, a depressão será a doença que mais gerará custos econômicos e sociais para os governos, devido aos gastos com tratamento para a população e às perdas de produção”, citou a diretora do DESASTE, ao defender que a saúde do trabalhador deveria ser a política mais fortalecida dentro do SUS. Buosi anunciou que, em 2021, a SVS pretende promover uma nova conferência de saúde do trabalhador. Segundo ela, a ideia é fazer um evento mais participativo, aberto para quem atua na ponta e, principalmente, para o cidadão.
Entre os principais pontos abordados na 3ª Jornada, estão a apresentação do resultado do projeto Carex Brasil que consiste na Matriz de Exposição Ocupacional (MEO), a regulamentação em Saúde do Trabalhador: normas de saúde e segurança e a apresentação de Experiências em Inspeção de Ambientes e Processos de Trabalho.
Participaram do encontro representantes das Secretarias, departamentos e coordenações do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), da Vigilância Sanitária (Anvisa), além de gestores e técnicos da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde (RENAST), procuradores do Ministério Público do Trabalho, coordenadores estaduais da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e professores e pesquisadores de universidades.
Oficina de avaliação Cerest
Antes do evento, que é promovido pela da Coordenação-Geral de Saúde do Trabalhador (CGSAT/DSASTE/SVS/MS), foi realizada a Oficina de Avaliação dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, na segunda (16/12), com o objetivo de realizar análise crítica do funcionamento dos Centros com proposição de estratégias de qualificação das ações desenvolvidas no sentido de reorganização da Renast.
No curso, segundo Karla Baêta, coordenadora-geral de Saúde do Trabalhador, os participantes tiveram acesso ao diagnóstico de funcionamento dos Cerest, e em seguida grupos de trabalho falaram sobre critérios de habilitação, desabilitação, funcionamento, abrangência e financiamento; gestão e atribuições dos entes federados; e gestão do Trabalho e Educação em Saúde. “O resultado esperado dos pontos discutidos na oficina são contribuições para elaboração da proposta de reestruturação da Renast”, explicou Baêta.
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/ MS)