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Destruição da Amazônia causa prejuízos irreparáveis ao SUS e à vida dos brasileiros
Fotos: CNS
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) recomendou ao Ministério do Meio Ambiente a retomada de uma política de preservação sustentável do meio ambiente, especialmente uma ação emergencial para estancar as queimadas e o desmatamento, tanto na Amazônia, quanto em outras regiões do país. “Estamos solidários com os povos do campo e da floresta, indígenas, quilombolas, comunidades ribeirinhas, entre outros, que dependem de um ambiente saudável para produzir a sua vida”, diz o documento aprovado na Reunião Ordinária do CNS nesta sexta-feira (23/8), em Brasília.
O Conselho pede ainda que o Congresso Nacional “reconheça a veracidade e seriedade dos dados publicizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre o aumento do desmatamento no país. E instaure uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a responsabilidade pelos atos de desmatamento ilegal e aumento das queimadas na Amazônia legal e em outros estados.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou um aumento significativo do desmatamento. Os dados da NASA indicam 72.843 incêndios distintos em 2019. O CNS destacou que os dados são reconhecidos internacionalmente. “Entre a bravata e a ciência, o Governo prefere a bravata como justificativa para a entrega da floresta para o agronegócio (e uso intensivo de agrotóxicos), a exploração madeireira, a grilagem de terras e a mineração”.
“O aumento de doenças provoca maior demanda por atendimentos em todos os níveis de atenção”, cita a recomendação. E por isso, o CNS pede ao Ministério Público que solicite aos órgãos de fiscalização os motivos pela não realização de ações fiscalizatórias na proteção ao meio ambiente, detendo o desmatamento e garantindo a retomada das políticas de preservação sustentável do meio ambiente.
A repercussões negativas das queimadas sobre a vida e a saúde das pessoas, a saber mortes de bebês e crianças menores de 10 anos motivadas por crises asmáticas, agravadas por broncopneumonia; mortes de idosos com crises agudas de doença pulmonar obstrutiva crônica; morte de pequenos agricultores, posseiros e ribeirinhos capturados por incêndios florestais. A contaminação dos cursos da água potável também gera aumento das doenças de transmissão hídrica.
Foto: José Cruz/Agência Brasil