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CNS participará de Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde, no Cazaquistão
Foto: #PraCegoVer
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) participará da Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde, que será realizada nos dias 25 e 26 de outubro, em Astana, no Cazaquistão. O evento é organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em coordenação com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e contará com a presença de organizações internacionais, sociedade civil, instituições acadêmicas e ministros de Saúde de diferentes países do mundo.
O objetivo do encontro é apresentar uma nova declaração sobre Atenção Primária à Saúde, por ocasião dos 40 anos da Conferência de Alma-Ata, cujos eixos estruturantes são a Cobertura Universal de Saúde (CUS) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A conferência de Alma-Ata, realizada em setembro de 1978, lançou bases para uma compreensão mais ampla sobre saúde e a reafirmou como direito humano.
Para o CNS, a elaboração de uma nova declaração de Atenção Primária à Saúde, fomentada pelos organismos internacionais, deve considerar as transformações do modo de produção capitalista no contexto da atual recessão econômica. O colegiado destaca ainda a importância de analisar o avanço do autoritarismo, o acirramento da xenofobia, a crise humanitária derivada de migrações forçadas, a crise climática e ambiental, entre outros aspectos.
Assim, o plenário do CNS aprovou nesta quinta-feira (13/09) treze diretrizes que deverão nortear a construção de um documento para ser apresentado pelo Brasil na Conferência de Astana. As diretrizes são em defesa de uma Atenção Primária à Saúde abrangente, que não naturalize as desigualdades produzidas pela ordem econômica vigente e que considere a centralidade destas relações na determinação do processo saúde-doença dos povos africanos e latino-americanos.
As diretrizes foram construídas pela Câmara Técnica de Atenção Básica à Saúde (CTAB) do CNS, que reúne 21 membros de conselhos de saúde, comunidade acadêmica, entidades profissionais e movimentos sociais e populares.
Fonte: Conselho Nacional de Saúde