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CNS cria grupo de trabalho para discutir situação dos hospitais universitários
Foto: CNS
Conselheiros nacionais de saúde aprovaram, nesta quarta-feira (06/06), a criação de um grupo de trabalho para aprofundar as discussões sobre a situação dos hospitais universitários na assistência à saúde no Brasil. Na ocasião, também concordaram com a realização de um seminário sobre o tema, com o envolvimento de diferentes atores sociais. As medidas foram tomadas durante após as polêmicas discussões sobre os hospitais universitários, realizada na 306ª Reunião Ordinária do colegiado, em Brasília.
Representantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) – empresa vinculada ao Ministério da Educação (MEC) com foco na prestação de serviços assistenciais, apoio ao ensino e pesquisa e gestão de hospitais universitários federais – apresentaram um panorama sobre a gestão da estatal no Brasil.
Criada em 2011, a EBSERH é responsável pela administração de 40 hospitais universitários em 23 estados, sendo a maior rede hospitalar do Brasil, com aproximadamente 9 mil leitos. Realiza 315 mil internações, cerca de 400 mil cirurgias e 23 milhões de consultas e exames especializadas por ano, com aproximadamente 51 mil colaboradores
Ainda segundo informações da empresa, o número de atendimentos de 2013 para 2017 aumentou 16%, ampliando o acesso a serviços de saúde de qualidade para a população brasileira. A empresa também substituiu 70% dos trabalhadores com vínculos precários e ampliou em 14% o quadro de profissionais.
No entanto, a representante da Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Maria do Socorro Oliveira Marzola, discorda das informações apresentadas pela empresa e afirma que ainda existem vários problemas em relação à assistência.
“Temos vários locais onde os serviços foram fechados e o atendimento à população diminuído. O número de médicos, farmacêuticos e técnicos também não aumentou na mesma proporção da necessidade do atendimento da população, da assistência e da formação de estudantes nas áreas da saúde. Esse problema é latente. A EBSERH não cumpriu o que foi vendido como solução de problemas”, afirmou, ao denunciar ainda casos de assédio moral aos trabalhadores.
“Isso não é verdade. Somos desafiados diariamente a contribuirmos com a saúde pública no Brasil e todos os nossos hospitais atendem exclusivamente o SUS”, afirmou o presidente da EBSERH, Kleber de Melo Morais. Durante a reunião ordinária, os conselheiros nacionais de saúde ainda solicitaram a inclusão do Conselho Nacional de Saúde (CNS) na mesa de negociação permanente da EBSERH.
Também participaram do debate o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Arnaldo Medeiros, o representante da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Mauro Luiz Rabelo.
Ascom CNS