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CNS realiza formações voltadas para controle social e saúde da população trabalhadora
Foto: CNS
O 9º Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cisttão) começou nesta terça (21/08), em Brasília. Na ocasião, a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (MS), junto ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) e ao Departamento Intersindical Estudos Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat), apresentaram os resultados da Formação do Controle Social em Saúde do(a) Trabalhador(a), curso que vem sendo realizado pelo país. O encontro reúne cerca de 200 pessoas de todo o Brasil, que atuam nas comissões municipais e estaduais da área nos conselhos de saúde.
“Poder popular!”, entoaram os participantes do evento em alusão à necessidade de ampliação da participação social nas deliberações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). A oficina apresentada durante o Cisttão passou por Salvador (BA), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Macapá (AP), Goiânia, Porto Alegre (RS), São Luis (MA), Cuiabá (MT), Maceió (AL), Caicó (RN). O objetivo é formar 1350 participantes em todo o país. Ainda em 2018, a formação vai ser realizada no Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Palmas (TO), Campo Grande (MS) e Manaus (AM).
O curso surgiu como uma demanda da 4ª Conferência Nacional de Saúde do(a) Trabalhador(a), realizada em 2014. É o que explica Eduardo Bonfim, do Diesat. “A partir disso desenvolvemos uma metodologia ativa onde os sujeitos são agentes do seu aprendizado, analisamos o trabalho e o impacto na saúde das pessoas. Então vamos encontrando caminhos para lutarmos contra a hegemonia do capital em detrimento do trabalho”, afirmou.
Rosália Matos, membro da Cistt em Goiás, fez o curso. Ela destacou que os conselhos de saúde saíram fortalecidos após a formação. “Após a oficina, tivemos um fortalecimento do controle social. Isso deu uma injeção de ânimo nos nossos companheiros do interior. Conseguimos melhorar a articulação entre os conselhos no estado”. Manuela Alencar, membro da Cistt no Rio Grande do Norte, também felicitou a experiência como aluna da formação. “Em Caió, foram 18 municípios participando. Foi uma semente que foi plantada e tem dados frutos no nosso estado”, comemorou.
Rogério de Jesus, do Diesat, explica que o curso evidencia o papel do controle social como um instrumento de gestão do SUS. “É através dos conselhos que criamos o Plano Pluri Anual (PPA) e o Plano Nacional de Saúde (PNS). A conquista das leis não acontece sem a ação do controle social. A ferramenta chamada Cistt é quem dá todos os subsídios para que os conselhos se fortaleçam e se apropriem das questões sobre saúde do trabalhador nos seus territórios”, disse.
Trabalho e Saúde na 16ª Conferência
Essa foi uma maneira que o CNS encontrou para dar visibilidade às Cistt. “Estamos desenvolvendo planos de ações, definindo matrizes de trabalhos”, explica Olga Rios, da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador (CGST), do MS. Outro tema abordado com os participantes são as questões sobre financiamento do SUS. “Nesse espaço estamos mobilizando todos para a 16ª Conferência Nacional de Saúde”. Considerado o maior evento de participação social do Brasil, a 16ª também abordará a Saúde do Trabalhador como prioridade nos debate.
De acordo com Jorge Sayde, também da CGST, do MS, o objetivo é fortalecer a luta para que a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora seja executada. “Precisamos estimular a participação de todos os cidadãos e cidadãs. Todos nós somos trabalhadores, inclusive os desempregados e os aposentados. Temos que nos apropriar dessa política. O controle social tem que participar em todas as instâncias na elaboração das ações”, defendeu. A mesa foi mediada pelo conselheiro nacional de saúde Aníbal Machado, da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).
Fonte: Conselho Nacional de Saúde.