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Consulta pública recebe contribuições sobre tecnologia para pacientes com diabete mellito (DM) em tratamento no SUS
Está aberta até o dia 29 deste mês, a consulta pública sobre o Sistema flash de monitorização da glicose por escaneamento intermitente para o monitoramento da glicose em pacientes com diabete mellito (DM) tipo 1 e 2. Para participar é preciso preencher o formulário disponível na página da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) - hiperlink-, que avalia a tecnologia. O equipamento é composto por um leitor/aplicativo e um sensor, que o paciente mesmo acopla no braço, e que mede e informa o nível de glicose no sangue a cada minuto, armazenando essas informações em intervalos de 15 minutos e disponibilizando, mediante demanda do usuário, informações referentes às últimas 8 horas. A incorporação da tecnologia ao SUS foi solicitada pela Sociedade Brasileira de Diabetes. O controle da quantidade de glicose no sangue (glicemia) é essencial na prevenção de complicações do DM a curto e a longo prazo, o que exige acompanhamento médico e realização de exames periódicos. Com base na informação obtida, é possível ajustar a dosagem das insulinas e tomar decisões a respeito da alimentação, por exemplo, a fim de favorecer o controle da glicemia. O tema foi para consulta pública com recomendação inicial de não incorporação ao SUS, uma vez que o Comitê de Produtos e Procedimentos considerou incertezas em relação à análise econômica apresentada durante a reunião da Conitec.
O diabete mellito é um transtorno crônico, provocado por uma deficiência na produção ou na ação da insulina, hormônio responsável pela regulação da quantidade de glicose (açúcar) no sangue. Com isso, ocorre a hiperglicemia, ou seja, o aumento da concentração de glicose no sangue. O DM pode ser classificado em tipo 1 (DM1) e tipo 2 (DM2), entre outros. O DM1, na maioria das vezes, é uma doença autoimune na qual ocorre a destruição de células produtoras de insulina. A doença, que compreende 5% a 10% dos casos de DM, costuma se manifestar na infância ou adolescência, mas também pode aparecer apenas na idade adulta.
NO SUS
Para realizar a medição da glicemia no dia a dia, o SUS disponibiliza para os pacientes com DM1, o Sistema de Automonitoramento da Glicemia Capilar (AMGC). Nele, o paciente ou um cuidador utiliza um aparelho chamado glicosímetro, que mede a quantidade de glicose no sangue. Para isso, deve ser feito um furo no dedo e depositada uma gota de sangue em uma tira reagente, que deve ser inserida no aparelho. Este procedimento deve ser feito pelo menos cinco vezes ao dia, em horários chave como, por exemplo, antes e após uma refeição. Para pacientes com DM2, a necessidade desse automonitoramento cotidiano da glicemia dependerá de critérios definidos de forma individual, com base em fatores como a situação clínica do paciente e o esquema de utilização de insulina, por exemplo.