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SUS garante acesso a teste mais eficaz para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas
Pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em tratamento no SUS passam a contar com o teste de RT-PCR para identificação de uma mutação que pode agravar o quadro de quem vive com a doença. Incorporado pelo Ministério da Saúde em março, após recomendação feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o teste identifica a mutação do gene EGFR, que torna as células do tumor mais propensas a crescer e se dividir, tornando a doença mais agressiva. O resultado da análise de uma pequena amostra de sangue ou de tecido tumoral permite que os profissionais de saúde personalizem o tratamento e ofereçam aos pacientes a terapia-alvo, que ataca as células tumorais de forma específica, preservando as células saudáveis.
O câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) é uma forma comum de câncer que afeta milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano. Esta doença, que se desenvolve principalmente nos tecidos pulmonares, é caracterizada por um crescimento anormal e descontrolado de células no pulmão. Entre os principais tipos de câncer de pulmão de células não pequenas estão o carcinoma de células escamosas, o adenocarcinoma e o carcinoma de células grandes.
Fatores de risco como tabagismo, exposição prolongada ao fumo passivo, exposição a agentes carcinogênicos ambientais e predisposição genética estão frequentemente associados ao desenvolvimento dessa condição.
Diagnóstico mais preciso
Conforme análise realizada pela Conitec, o teste de RT-PCR se mostrou mais preciso do que outros métodos de diagnóstico, o que significa que os médicos podem ter mais certeza sobre a presença da mutação do EGFR. Isso permite que os profissionais de saúde personalizem o tratamento, oferecendo aos pacientes a terapia-alvo.
Mais eficaz do que a quimioterapia tradicional para pacientes com CPCNP com mutação do EGFR, a terapia-alvo ataca as células tumorais de forma específica, preservando as células saudáveis. Estudos clínicos demonstram que esse tipo de tratamento aumenta a sobrevida livre de progressão da doença em até 30 meses e pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os efeitos colaterais do tratamento.