Pacientes com metástase hepática de câncer de cólon e reto ganham nova opção de tratamento no SUS

O Ministério da Saúde ampliou o uso da ablação térmica para incluir pacientes diagnosticados com câncer de cólon e reto e com metástases hepáticas em tratamento no SUS. A técnica minimamente invasiva que induz dano térmico às células cancerígenas para destruir o tumor, se constitui em alternativa terapêutica no tratamento de metástases hepáticas, marcadamente nos casos não indicados para cirurgia de retirada dos tumores ou quando a cirurgia representa alto risco aos pacientes.

O procedimento é indicado para pacientes selecionados, que geralmente apresentam poucos tumores com diâmetro de até 4 cm , quando não há possibilidade de extração por cirurgia ou quando a cirurgia não é uma opção devido ao risco cirúrgico. Na avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), a incorporação vai ampliar as opções de tratamento, aumentando o tempo de vida do paciente e a sobrevida sem progressão da doença. O câncer de cólon e/ou reto é o tipo de tumor maligno mais comum do sistema digestivo e o segundo com maior mortalidade - atrás apenas do câncer de pulmão.

Para a Conitec, a técnica se apresenta como alternativa terapêutica relevante, demonstrando-se, nos estudos clínicos, os benefícios clínicos adicionais quando comparada à quimioterapia tradicional, que seria a principal opção de tratamento nos casos de impossibilidade de se fazer o procedimento cirúrgico. O procedimento já é realizado no SUS para o tratamento de carcinoma hepático.

O câncer de cólon e reto é considerado tratável e frequentemente curável quando diagnosticado de forma localizada no intestino. A maioria das mortes relacionadas à doença está associada à metástase, quando as células do tumor se espalham para outros órgãos. Conforme dados do relatório avaliado pela Comissão, cerca de 20% dos pacientes já são diagnosticados com metástase, sendo o fígado o órgão acometido mais comum.