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Protocolo da Fibrose Cística passará por atualização depois que novo medicamento foi incorporado ao SUS
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Fibrose Cística está em atualização após incorporação do medicamento elexacaftor/tezacaftor/ivacaftor (Trikafta) no SUS, em setembro do ano passado. O novo texto está em consulta pública até o dia 28 de fevereiro. O documento contém orientações de uso, reúne evidências e estabelece como deve ser feito o monitoramento do tratamento dos pacientes. A versão também orienta como o novo medicamento se integra ao tratamento já existente na Rede.
A fibrose cística é uma doença genética grave, caracterizada clinicamente pelo excesso de produção de muco espesso no pulmão, o que provoca quadros frequentes de inflamação brônquica e infecção pulmonar, com comprometimento progressivo da função dos pulmões. Essa secreção também pode ocasionar diminuição de função do pâncreas e outros órgãos do trato digestivo. O tratamento era baseado no controle dos sintomas da doença e a incorporação do Trikafta foi um marco para os que convivem com a doença por trazer benefícios clínicos importantes, melhora da qualidade de vida, e também pela possibilidade da retirada dos pacientes da fila do transplante de pulmão.
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O SUS conta com uma rede estruturada que permite rastreamento, diagnóstico precoce, monitoramento e assistência aos pacientes, sendo 75% deles menores de 18 anos de idade, dada a mortalidade precoce dos acometidos pela doença no Brasil. A fibrose cística é considerada rara com uma prevalência estimada em 1 a cada 10 mil nascidos vivos no país. Por se tratar de uma condição genética, acompanha o paciente desde o nascimento, não podendo ser adquirida ao longo da vida. O Teste do Pezinho é o responsável pelo diagnóstico precoce e deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia após o nascimento da criança.
A estimativa é que cerca de 1,7 mil pessoas sejam beneficiadas pela incorporação do medicamento no SUS.