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Terapia fotodinâmica é incorporada no SUS
O Ministério da Saúde incorporou no SUS a terapia fotodinâmica, mais uma alternativa para o tratamento de pacientes com câncer de pele do tipo basocelular superficial e nodular, o tipo de câncer mais frequente no Brasil. De baixo custo e fácil produção, a incorporação da tecnologia foi recomendada pela Conitec, que considerou os bons resultados do tratamento como alternativa segura e eficaz para os casos em que a intervenção cirúrgica não é recomendada. O aparelho foi projetado pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), considerado único no mundo com duplo sistema na mesma plataforma: permite o diagnóstico e o tratamento de câncer, sendo capaz de avaliar e tratar a doença no mesmo dia, evitando mutilações e procedimentos dolorosos.
Essa é a primeira vez que uma tecnologia é incorporada após demanda de universidade pública, um case de sucesso da inovação tecnológica no país.
Os estudos avaliados pela Conitec mostraram eficácia do tratamento a longo prazo. De acordo com estudos apresentados durante a avaliação, 85% dos tumores tratados com o procedimento foram eliminados, sem efeitos colaterais importantes, sem formação de cicatriz.
Com a incorporação, a terapia fotodinâmica vem como opção importante não só por partir das necessidades de pacientes que passam pela doença, tratando as lesões de pele em estágios iniciais, mas das necessidades do SUS, já que é realizada de forma ambulatorial, o que exige uma infraestrutura menor. A incorporação da tecnologia foi recomendada conforme Protocolo de Uso do Ministério da Saúde.
Tecnologia
O projeto Terapia Fotodinâmica Brasil (TFD) que começou em 2012, na USP, envolveu instituições de pesquisas, empresas e hospitais para tornar a técnica aplicável em larga escala. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi a fonte geral de financiamento para o desenvolvimento da técnica, além do programa de fomento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) em conjunto com o Ministério da Saúde, para o desenvolvimento do equipamento.
O demandante para incorporação foi a USP e o Núcleo de Avaliação de Tecnologias da UNIFESP (membro da REBRATS) atuou como NATS colaborador do Ministério da Saúde na análise dessa demanda.