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Medicamento incorporado beneficia pacientes com esclerose múltipla em tratamento no SUS
Pacientes com esclerose múltipla (EM) remitente recorrente ganham nova opção de tratamento no SUS com a incorporação da cladribina oral, medicamento que diminuiu reações inflamatórias da doença. A indicação de uso, após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), é para os casos em que há contraindicação ou falha ao natalizumabe (já disponível no SUS).
A Comissão já havia avaliado a tecnologia no ano passado, ocasião em que a recomendação foi desfavorável à incorporação porque as evidências analisadas não demonstraram superioridade da cladribina oral ao natalizumabe, bem como haviam incertezas relacionadas aos aspectos econômicos. No entanto, após nova demanda para avaliação, com nova proposta de preço, observou-se economia para o SUS. Houve também o entendimento, após apresentação de novas evidências científicas, da sustentação da eficácia por longos períodos após o uso da cladribina oral. Isso porque a apresentação oral facilita sua administração, que é feita pelo próprio paciente, com no máximo 20 dias de tratamento nos dois primeiros anos, envolvendo menor carga de monitoramento e de custo operacional. Pacientes que fizeram uso do medicamento relatam que a doença está inativa e estabilizada.
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da EM será atualizado em breve com a indicação e linha de cuidado aos usuários em tratamento no SUS.