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SUS ganhará primeiro PCDT para tratamento da dermatite atópica
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) avalia o primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o tratamento da dermatite atópica (DA), uma condição crônica, que atinge a pele de forma recorrente e inflamatória e que acomete principalmente crianças. O documento foi encaminhado à consulta pública com recomendação preliminar favorável à incorporação no SUS. A demanda para a elaboração desse PCDT surgiu após a incorporação da ciclosporina oral, em outubro de 2022, medicamento para o tratamento da dermatite atópica moderada ou grave. Até então, os pacientes não contavam com alternativa terapêutica disponível na rede pública de saúde.
O documento traz uma proposta para o tratamento de crianças, jovens e adultos diagnosticados com a DA, orientando a assistência aos pacientes, a fim de reduzir sintomas, prevenir exacerbação dos quadros, restaurar a integridade da pele e melhorar a qualidade de vida.
O tratamento da dermatite atópica tem como finalidade controlar a doença, reduzindo as crises e assegurando a qualidade de vida do paciente. A ciclosporina oral é um agente imunossupressor indicado para pacientes com quadro grave, quando for necessária a terapia sistêmica. O uso de hidratantes é recomendado para manter e restaurar a integridade da pele, além de corticoide ou imunomodeladores para ajudar no controle da inflamação. Ainda, são recomendados antialérgicos para controlar coceira e evitar contato com elementos que desencadeiem crises.
Dermatite Atópica
A origem da dermatite atópica está associada a diversos fatores, como processos do sistema imune e alterações na pele, que facilitam entrada de substâncias que causam alergias e infecções, além de aspectos genéticos. Cerca de 2.700 a cada 100.000 pessoas são afetadas pela dermatite atópica e crianças de até 4 anos são as mais afetadas. A doença representa um grande impacto na qualidade de vida desses pacientes e estima-se que de 10% a 20% das crianças são afetadas com a doença em diversos países no mundo. O Brasil apresentou o maior índice.