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Com nova tecnologia incorporada ao SUS, paciente poderá fazer medição da pressão arterial em casa
O Ministério da Saúde (MS) incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) para diagnóstico de hipertensão em adultos com suspeita da doença. Agora, o paciente tem a chance de levar o aparelho para a casa para monitorar a rotina com mais precisão, tendo mais clareza do que pode provocar picos hipertensivos, entre outras situações. A tecnologia passou pela avaliação do Comitê de Produtos e Procedimentos da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou que a MRPA pode trazer benefício ao reduzir o tratamento desnecessário de pacientes com hipertensão do jaleco branco (quando a alteração arterial se dá pela indisposição do paciente por estar em ambiente médico e/ou na presença de um profissional de saúde), menor impacto orçamentário e viabilidade de implementação, especialmente, na atenção primária.
Para diagnóstico, a pressão arterial deve ser medida diariamente, preferencialmente, por sete dias consecutivos, duas vezes ao dia (de manhã e à noite). O momento da medição deve ocorrer em local silencioso e calmo, o paciente deve estar sentado, com as costas e braços apoiados, após cinco minutos de repouso ou cinco minutos de intervalo desde a ingestão de café, álcool ou tabagismo. O paciente deve evitar realizar outras atividades durante a medição, como falar e assistir televisão. É preciso aferir duas vezes, com o intervalo de um a dois minutos.
Além da medição da pressão arterial, o diagnóstico da hipertensão arterial inclui exames clínicos, laboratoriais (histórico familiar, riscos cardiovasculares, lesões em órgãos alvo, avaliação de comorbidades e uso de outros medicamentos) e físicos, entre outros.
Saiba mais
A hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É caracterizada como uma das causas de maior redução da expectativa e da qualidade de vida dos indivíduos. Segundo pesquisa realizada em 2019 com público com idade entre 30 e 79 anos, estima-se que existam 1,28 bilhões de hipertensos no mundo nesta faixa etária. No Brasil, a prevalência média para adultos é de 32%, podendo chegar a mais de 50% em indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em pessoas com mais de 70 anos. O país registrou 667.184 mortes atribuídas à doença entre os anos de 2008 e 2017.